Publicado em: 09/12/2008
da France Presse, em Chicago
Um marcador genético pode tornar algumas pessoas mais vulneráveis à dependência do cigarro, ou levar outras a consumir uma quantidade maior de álcool antes de se embriagar, afirma um estudo divulgado nos Estados Unidos.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que um grupo particular de cromossomos torna determinadas pessoas mais vulneráveis ao vício em álcool. Agora, os cientistas encontraram provas de que pessoas com uma boa resistência ao consumo de bebidas alcoólicas têm mais chances de ficarem dependentes do que outras e que esses traços são hereditários.
Os pesquisadores estudaram esses cromossomos em grupos de irmãos -367 pessoas ao todo - para ver se tinham impacto no grau de resposta ao álcool.
Apesar de não terem conseguido isolar um único cromossomo, encontraram uma forte associação entre as mutações genéticas desses grupos de cromossomos e a maneira como certos indivíduos começam a cambalear pelos efeitos da embriaguez.
"Essas descobertas confirmam que o nível de resposta ao álcool, um fenótipo intermediário associado à dependência e ao abuso do álcool, tem um componente genético", diz Geoff Joslyn, da Clínica e Centro de Pesquisa Ernest Gallo.
O estudo representa também um "forte apoio" ao uso potencial do nível de tolerância ao álcool para determinar eventuais predisposições genéticas ao alcoolismo.