Publicado em: 07/01/2009
A funcionária pública Eli do Nascimento Mota, 51, fuma há 34 anos e diz que tenta parar há quatro. Sozinha, nunca conseguiu. "O máximo que consegui foram 18 horas", diz.
Há cerca de um mês, Eli buscou ajuda no GAT (Grupo de Apoio ao Tabagista) do Hospital A. C. Camargo. Diagnosticada com depressão, ela está tratando primeiramente esse problema. "Tive depressão quando jovem, e o problema voltou por causa do câncer [de mama, descoberto em julho deste ano]. Quero parar de fumar, mas é muito difícil."
Eli conta que começou a fumar ainda adolescente, "por brincadeira", com as amigas. Os gastos com o vício eram alimentados pelo pai, também fumante. "Quando me dei conta, estava viciada. Hoje, quando estou nervosa, chego a fumar quatro maços por dia, mais ou menos um cigarro a cada 25 minutos. Se eu acordo de madrugada para ir ao banheiro, tenho que fumar um cigarro."
Eli sabe que tem que parar de fumar, especialmente por causa do tratamento contra o câncer. "Depois que operei, minha família tirou os cinzeiros de casa. Achei que eu pararia, mas não deu certo. Vamos ver se, agora que estou tratando a depressão, eu consigo", disse.