Publicado em: 26/06/2009
O presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria, Marco Antonio Bessa, esteve presente, no dia 24 de junho, na sede do Conselho de Medicina do Paraná para participar de debate sobre a carência na assistência a menores infratores usuários de drogas, sobretudo portadores de transtornos psiquiátricos.
O encontro, promovido pelo CRM e o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção à Saúde Pública do Ministério Público, trata-se de um desdobramento do convênio renovado no mês março entre as entidades para o desenvolvimento de trabalhos em prol da saúde pública. Para ampliar a análise sobre o assunto, também participaram da reunião representantes da Vara do Adolescente Infrator de Curitiba, das Secretarias Estaduais da Criança e da Juventude e Saúde e do Conselho Tutelar.
"A idéia é congregar conhecimento dos órgãos presentes, colher sugestões técnicas e identificar o universo de menores infratores que sofrem com o problema", explicou o promotor de justiça, Marco Antonio Teixeira. Para ele, ao mensurar a quantidade de adolescentes com transtornos psiquiátricos e ao apontar o tratamento ideal será mais fácil propor a criação de um serviço de atendimento exclusivo.
Pensando nessa proposta, ficou definido no encontro que o médico psiquiatra Gustavo Dória, que participou da reunião a convite da Vara do Adolescente Infrator, cederá ao CRM e a SPP dados de seu trabalho científico. A dissertação avalia a situação de 80 menores infratores no Paraná e aponta que 40% possuem transtorno de conduta. Mostra, ainda, que a maioria não teve acesso a nenhum tipo de assistência médica, resultando em evasão escolar.
De acordo com o presidente da SPP, após a avaliação dos dados será feita indicação do tratamento adequado para pacientes nessas condições. "Se os transtornos de conduta não forem tratados adequadamente podem evoluir para outros tipos de transtornos psiquiátricos mais graves", alertou. O resultado da análise será apresentado no próximo encontro que ocorre em 5 de agosto.