PF prende 58 em 2 operações contra o tráfico

Publicado em:  28/10/2009

A Polícia Federal prendeu 58 pessoas ontem em duas operações contra o tráfico internacional e a distribuição de drogas no país.

Até o início da noite, outros dez mandados de prisão continuavam pendentes.

Três dos detidos - entre eles dois empresários de Anápolis (GO) e Ituiutaba (MG)- estão ligados a grupos investigados nas duas ações.

Segundo a PF, o alvo da Operação Pérola era uma quadrilha com base em Goiás e ramificações em São Paulo, Tocantins, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará e Ceará.

Parte dos presos foi detida em flagrante com cocaína e armas, entre elas uma fuzil de uso militar. Um dos detidos, um colombiano, estava com 300 kg de cocaína em Fortaleza.

A Folha apurou que o líder do grupo é Leonardo Dias Mendonça, que já cumpre pena por tráfico de drogas em um presídio em Goiás.

Segundo a polícia, a droga era trazida da Colômbia. O Brasil era usado como entreposto para o envio à África e, como destino final, à Europa.

Segunda quadrilha

Já a Operação Triângulo, deflagrada em Uberlândia (MG), tinha como alvo, segundo a PF, uma quadrilha que distribuía cocaína para Minas Gerais, Goiás e Bahia.

Cerca de R$ 600 mil em dinheiro e cheques foram apreendidos, assim como dez veículos, entre carros e motocicletas.

De acordo com a polícia, a droga entrava no Brasil, já refinada, por Paraguai, Bolívia e Colômbia.

Na Triângulo Mineiro, somente brasileiros foram presos. O grupo usava Tangará da Serra (MT) e Ponta Porã (MS) como rotas iniciais, apontou a investigação. Foram apreendidos 89 kg de cocaína.

O suposto líder da quadrilha, segundo a polícia, ficava em Uberlândia e foi preso em Ituiutaba. O nome não foi divulgado, mas trata-se de um traficante que já tinha sido preso em 2001 e havia deixado a prisão no ano passado.

O delegado Júlio Cesar Bortolato, que coordenou a Operação Triângulo, diz que a droga não seguia para São Paulo e Rio de Janeiro e que o grupo preso ontem não tem conexão com quadrilhas estabelecidas nesses dois Estados.

Colaborou ANDRÉA MICHAEL, da Sucursal de Brasília


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