MP-PE realiza audiência sobre projeto para Tamarineira

Publicado em:  08/04/2010

Representante da Associação Brasileira e da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria defende serviços médicos instalados no terreno

No dia 22 de março, as promotorias de meio ambiente, urbanismo e saúde do Ministério Público de Pernambuco realizaram uma audiência sobre a possível venda do terreno do Hospital Ulysses Pernambucano, conhecido como Tamarineira. Foram convocados diversos grupos interessados, como a Associação Brasileira e a Sociedade Pernambucana de Psiquiatria, que foram representadas por Daisy Pontual.

Segundo ela, o MP-PE está instaurando um inquérito civil sobre a cessão do terreno da Tamarineira. A audiência teve como objetivo obter subsídios e informações sobre as características, serviços públicos de relevância, restrições de natureza histórico-cultural e ambiental, além do impacto do empreendimento anunciado.

A representante das sociedades de psiquiatria defendeu os serviços de saúde instalados no local, onde funciona a única emergência de saúde mental e o único serviço público destinado a pacientes agudos. Ela destacou também os problemas atuais no atendimento em saúde mental para a população de Recife. "Deveríamos ter cuidado com as promessas, pois a emergência do Hospital Otávio de Freitas foi fechada com a promessa de ser construída outra e até agora nada existe".

A professora de engenharia florestal da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Isabelle Meunier, foi contra a cessão do terreno. Ela apresentou um trabalho chamado "Importância do Sítio da Tamarineira como Floresta Urbana" e defendeu que, apesar de ser propriedade particular, o parque beneficia toda a cidade, pois permite a prática gratuita de lazer e uma interação social saudável.

Representando a Secretaria Municipal de Saúde, Bernardete Peres, e a Secretaria Estadual de Saúde, Marcela Lucena, também defenderam os serviços de saúde. Segundo elas, a Tamarineira é um espaço com serviços importantes de saúde mental. Lá existem os únicos leitos rotativos em serviço público, além de residências de medicina, enfermagem e psicologia e projeto para geração de renda. Além de funcionarem segundo as atuais Políticas de Saúde Mental.

Outro lado

O advogado da Arquidiocese defendeu que o Arcebispo dom Fernando Saburido fez a comunicação do negócio apenas com o objetivo de consultar a sociedade e que não há projeto, mas apenas ideias.

 

 


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