Fumódromo contamina todo o local

Publicado em:  29/10/2010

Levantamento da Organização Mundial da Saúde aponta que não há mecanismos eficientes para tornar isento de substâncias tóxicas um ambiente fechado com o consumo de cigarro. "O fumódromo não é seguro do ponto de vista técnico", constata o pneumologista Luiz Carlos Correa da Silva, coordenador do Fórum Fumo Zero, entidade que reúne representantes da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), Conselho Regional de Medicina (Cremers) e Sindicato Médico (Simers). Como consequência, segundo o pneumologista, o trabalhador que entra nesse ambiente tem a sua saúde prejudicada.

Na opinião do médico, as leis que tratam do combate ao tabagismo deveriam ser reformuladas de modo a proibir a existência dos fumódromos. "Deve haver mecanismos de punição a infrações, o que absolutamente nós não temos", afirma Correa da Silva. "Para mudar o comportamento das pessoas não basta um processo educativo." 

Na Irlanda do Norte, o número de infartos do miocárdio diminuiu em 40% depois que o país proibiu o fumo em locais fechados. O resultado, de acordo com Correa da Silva, é uma prova da eficácia da medida. 

No entanto, o médico pneumologista defende que o projeto que tramita na Câmara Municipal de Porto Alegre deve ser aprovado sem emendas, que, segundo ele, poderiam desfigurar a proposta original contra o tabagismo e de proteção aos não fumantes.

 


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