Publicado em: 20/03/2011
DE RIBEIRÃO PRETO
Prefeituras da região reclamam da dificuldade de conseguir vagas para pacientes psiquiátricos no hospital Santa Tereza, em Ribeirão.
Os pacientes, segundo as prefeituras, ficam em Santas Casas ou vão para casa quando têm certa melhora do quadro clínico, até surgir uma vaga no Santa Tereza.
Em Sertãozinho, há paciente s que chegam a esperar meses, segundo o prefeito Nério Costa (PPS).
"Às vezes interna na Santa Casa e não tem vaga no Santa Tereza, e o paciente fica meses esperando uma resposta", disse o prefeito.
Segundo ele, outros prefeitos da região também relatam o mesmo problema. Em Jardinópolis, a espera é de pelo menos dez dias por vaga, de acordo com o prefeito José Jacomini (PPS). "Quando procuramos o Santa Tereza, a resposta é sempre a mesma, de que o nome está na lista de espera."
Como a Folha publicou em fevereiro, a situação da região se repete em Ribeirão, de acordo com o coordenador da saúde mental da Secretaria da Saúde, Alexandre Firmo de Souza Cruz.
Mesmo com um Caps 3 na cidade, para atendimento de casos mais graves, ainda é possível encontrar pacientes psiquiátricos esperando por vaga em unidades de saúde. Em alguns casos, estão em surto e precisam ser contidos, amarrados com faixas.
O diretor do DRS (Departamento Regional de Saúde), Ronaldo Capelli, disse ser "mentirosa" a afirmação do prefeito de Sertãozinho de que a espera pode chegar a meses. A média, afirma ele, é de cinco dias.
O maior problema dos pedidos, para Capelli, é que faltam psiquiatras contratados pelas prefeituras para avaliar o paciente de forma mais detalhada e completa.
Em Sertãozinho, disse o diretor, a prefeitura enviou ao Ministério da Saúde a documentação para viabilizar um Caps 3, que deverá amenizar a demanda na área.
Há também a proposta de um grupo de cidades -Jaboticabal, Guariba, Pitangueiras, Monte Alto e Barrinha- para criar em um mesmo hospital geral de 15 a 20 leitos psiquiátricos para essas cidades. O assunto, no entanto, ainda está em discussão.