Polícia apreende 60 kg de nova droga

Publicado em:  02/05/2011

Oxi, derivado da pasta base de cocaína misturado com ácidos, querosene e outros oxidantes, é vendido por R$ 2 em SP

Droga mais letal que o crack começou a ser consumida na região Norte do país e também expõe índios a riscos


O Denarc (departamento de narcóticos), da Polícia Civil de SP, apreendeu neste ano cerca de 60 kg do oxi, um novo tipo de droga feita com a pasta base de cocaína em forma de pedra oxidada, mais barata e mais letal do que o crack, com traficantes que atuam na região da cracolândia, centro da capital.
Segundo o delegado Reinaldo Correa, a droga é facilmente confundida com o crack e, justamente por isso, hoje, os policiais do Denarc têm recebido treinamento para distinguir uma da outra.
"O oxi, quando queimado, deixa um resíduo de óleo. O crack não. Muitas vezes se apreende oxi e por ser uma droga ainda desconhecida, se pensa que é crack", afirma Correa.
A matéria-prima do oxi são folhas secas do arbusto Erythroxylum coca, cultivado na Bolívia, Peru e Colômbia. No preparo, os traficantes utilizam ácidos, querosene e oxidantes (daí o nome), que "empedram" a pasta base.
Além da capital, a polícia paulista também já apreendeu oxi em Santos, no litoral do Estado. Em São Paulo, a pedra de oxi chega a ser vendida por R$ 2.
O oxi já está se espalhando na Amazônia. No Acre, que faz fronteira com os países produtores, Peru e Bolívia, a droga é conhecida desde a década de 1980.
Nos últimos anos, porém, os usuários passaram a fumar o oxi em cachimbos como os usados com crack -antes, a droga era diluída e misturada à maconha.
Em 2005, pesquisa do Ministério da Saúde e da Aredacre (Associação Acreana de Redução de Dano) deu o alerta sobre a disseminação do oxi no Estado.


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