Publicado em: 13/05/2011
A Polícia Civil gaúcha divulgou ontem a primeira apreensão de óxi no Estado. Trezentos gramas da nova droga, o suficiente para cerca de 1.500 pedras, foram encontrados em Porto Alegre.
A droga, que é três ou quatro vezes mais forte que o crack, já foi apreendida em todas as regiões do país.
Para o Denarc (Departamento de Investigação do Narcotráfico) do Rio Grande do Sul, "há fortes indícios" de que o óxi tenha entrado no país pela fronteira do Acre com a Bolívia, passando por São Paulo e Paraná por via terrestre até chegar ao território gaúcho.
FUZIL
A suspeita é reforçada pelo fato de que, com a droga, foi apreendido em Porto Alegre um fuzil de uso das Forças Armadas da Bolívia.
O delegado Rodrigo Zucco, titular da 2ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico do Denarc, não descarta, no entanto, que a droga já esteja sendo produzida no Brasil.
A polícia gaúcha já vinha notando um aumento das notas de R$ 2 -valor da pedra de óxi- encontradas com traficantes. A pedra de crack custa R$ 5. Assim como o crack, o óxi é subproduto da cocaína.
Polícia do Rio recolhe 101 envolvidos com consumo de crack
Foi o recorde de conduções desde março, quando começaram as operações em busca da droga
Uma operação das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro recolheu ontem 101 pessoas -80 adultos e 21 adolescentes- envolvidas com o consumo de crack.
Elas estavam na cracolândia da favela do Jacarezinho, na zona norte, uma das três maiores da cidade -as outras ficam nas favelas de Manguinhos, também na zona norte, e Antares, em Santa Cruz, na zona oeste.
Foi o recorde de conduções desde março, quando começaram as operações em busca da droga. Desde então, 532 viciados em crack já foram recolhidos.
Quem não tem pendência com a polícia é levado a um abrigo municipal, onde só permanece se quiser. Mas a maioria não quer.
Na operação foram apreendidos cachimbos usados para o consumo da droga, feitos dos mais diferentes materiais, como tubos de PVC e ferragens de torneiras, além de tesouras, facas e pedaços de vi dro.
"Até há cinco anos, eram raros os dependentes de crack no Rio. Hoje, 70% dos pacientes são usuários dessa droga", diz a psicanalista Ivone Ponczek, diretora do Nepad (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas), órgão da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) que atende gratuitamente dependentes.
A quantidade de crack apreendida no Estado também demonstra o avanço da droga: passou de 9,7 kg em 2007 para 199,2 kg em 2010 -aumento de 1.953%.
O volume ainda é pequeno se comparado às apreensões feitas em São Paulo. Apenas o Denarc (Departamento de Narcóticos da Polícia Civil) apreendeu 500 quilos de crack em 2010, segundo o delegado Reinaldo Correa.