Publicado em: 07/06/2011
Uma operação contra o contrabando de cigarros é desencadeada nos três estados do Sul do Brasil nesta terça-feira (7). A Polícia Federal informou que 38 pessoas foram presas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Dois policiais rodoviários estaduais do Paraná e cinco de Santa Catarina estão entre os presos. Eles são suspeitos de receber propina para facilitar a passagem dos veículos com contrabando no Sudoeste do Paraná e no Oeste de Santa Catarina.
Uma mulher, de 65 anos, foi presa em Curitiba, no bairro Uberaba, pela Polícia Federal (PF). Os dois policiais rodoviários foram presos em Planalto e foram realizadas outras duas prisões em Realeza, municípios da região Sudoeste. De acordo com o delegado Ildo Rosa, que comanda a operação, ainda houve uma prisão em Cascavel, no Oeste.
Segundo o delegado, os presos no Paraná trabalhavam no núcleo de organização do contrabando. "Pelo Paraná eram feitos os contatos com o Paraguai e o início do transporte era facilitado", explica Rosa.
Um total de 41 mandados de busca a apreensão e 41 de prisão serão cumpridos nos três estados durante a “Operação Loki”. As investigações da PF tiveram início há um ano e tiveram o apoio do Ministério Público Federal e da Justiça Federal de São Miguel do Iguaçu, a qual expediu os mandados de prisão e de busca e apreensão.
O cigarro contrabandeado era trazido do Paraguai e distribuído em 16 cidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, segundo a PF.
No Paraná, a quadrilha agia em Curitiba e em quatro cidades do Oeste do estado - Foz do Iguaçu, Cascavel, Santa Terezinha do Itaipu e Céu Azul.
A operação é organizada pela PF de Santa Catarina. A ação conta com a participação de 172 policiais federais e 36 policiais da Força Nacional de Segurança Pública.
Em junho de 2010, 32 pessoas foram presas em flagrante. Trinta e seis veículos e 110 mil pacotes de cigarro foram apreendidos naquela oportunidade.
A operação foi batizada como “Loki” por causa do semideus da mitologia nórdica que era caracterizado como trapaceiro. Segundo a PF, essa era postura dos policiais presos. Eles avisavam os contrabandistas sobre a presença da Polícia Federal.