Publicado em: 05/08/2011
Com apoio da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM) e da Associação Médica do Paraná (AMP), psiquiatras paranaenses dão primeiro passo para o fortalecimento do Movimento Médico no Estado. Em reunião realizada na noite de 5 de agosto, os especialistas decidiram organizar-se para dar corpo às reivindicações de reajuste dos honorários e regularização dos contratos com as operadoras de planos e os seguros de saúde.
Profissionais de Curitiba e do interior estiveram presentes em reunião extraordinária, promovida pela Sociedade Paranaense de Psiquiatria, com intuito de debater a situação dos especialistas diante da falta de negociação dos convênios. Na oportunidade, o advogado da AMP, Dr. Fabiano Sponholz Araújo, apresentou um balanço das ações realizadas pela CEHM e orientou os presentes em relação às decisões legais que podem ser tomadas pela classe.
“Notei que a psiquiatria era uma das únicas especialidades que não estava envolvida nas negociações e participando ativamente das decisões, e achei importante reunir os colegas para começarmos a dar os primeiros passos”, afirmou o presidente recém-eleito da SPP, André Rotta Burkiewicz, contando a respeito da sua participação na reunião organizada pela CEHM no dia 28 de junho e que reuniu mais de 250 médicos.
De acordo com a Secretária-Geral da SPP, Nilce Mitiko Honda Maekawa, e a 1.ª Tesoureira, Karla Cristina Kurquievicz Buccieri, após esta primeira atividade, serão realizadas novos encontros para que a psiquiatria possa firmar posicionamento dos especialistas em relação aos convênios.
Interiorização
Representantes da Sociedade de Psiquiatria no interior do Estado também participaram do encontro, apresentando particularidades e se comprometendo em encaminhar informações da reunião aos especialistas de sua região.
Pressão política
Entidades médicas estão apresentando propostas de melhorias para a saúde suplementar no Brasil ao presidente da Subcomissão Especial para Avaliar o Sistema de Saúde Complementar, órgão da Comissão de Seguridade Social e Família, na Câmara dos Deputados, André Zacharow (PMDB-PR). Em reunião no Conselho Regional de Medicina do Paraná no dia 30 de maio e na sede da Associação Médica do Paraná em 1.º de agosto, o parlamentar comprometeu-se a manter o canal de diálogo aberto com as entidades médicas e a estudar as propostas apresentadas para chegar a uma relação mais harmônica.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) divulgaram nota, no dia 4 de agosto, na qual confirmam que as entidades recorrerão contra a decisão da Justiça que suspendeu os efeitos de medida liminar contra ato administrativo da Secretaria de Direito Econômico (SDE) contra o movimento da categoria.
As entidades afirmam que “utilizarão todos os instrumentos e recursos possíveis no âmbito da Justiça no sentido de reverter a decisão do TRF”. A nota foi aprovada por unanimidade pelos 28 presidentes do CFM e dos CRMs, que passaram o dia reunidos em Brasília. O presidente do CRM-PR, Carlos Roberto Goytacaz Rocha, participou do encontro e é um dos signatários do documento. Na nota, os presidentes apresentam seus argumentos e assumem o compromisso de buscar a melhora da assistência oferecida pelos planos de saúde.
Lideranças médicas de todo o país aprovaram o dia nacional de paralisação dos médicos que atuam na saúde pública, que deverá acontecer no dia 25 de outubro. A decisão foi tomada em reunião da Comissão Nacional Pró-SUS, nesta sexta-feira (5), com participação de representantes de todo o país.
“Os problemas do SUS continuam com uma série de impasses e desafios. Vemos improvisações e falta de rumo. O quadro geral é muito preocupante e precisamos nos posicionar”, declarou o 2º vice-presidente do CFM, coordenador da comissão, Aloísio Tibiriçá, na abertura da reunião.
Representantes da AMB (Florentino Cardoso e Roberto Gurgel) e Fenam (Cid Carvalhaes e Márcio Bichara) também conduziram os debates. É a segunda vez este ano que a comissão – que agrega Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasiléia (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) – faz uma reunião com esta representatividade nacional.