SPP presente em seminário sobre epidemia de crack no País

Publicado em:  28/09/2011

O Seminário sobre Epidemia de Crack no Brasil reuniu mais de 100 médicos e estudantes de Medicina na sede do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), em Curitiba, nos dias 23 e 24 de setembro. O evento, que contou com o apoio da Sociedade Paranaense de Psiquiatria, foi organizado pelo CRM-PR e ofereceu orientações médicas para atendimento e tratamento de dependentes químicos. Além de contribuir para ampliar o debate sobre a exígua rede de auxílio aos dependentes e a importância do atendimento primário.

O psiquiatra Sivan Mauer, que é o atual vice-presidente da SPP, destaca a importância de realizar evento sobre o crack. “A droga é de fácil acesso, tem alta letalidade, causa dependência rapidamente e está presente em todo o território nacional”, afirmou. Para ele, o seminário foi uma excelente oportunidade de aperfeiçoamento profissional. “O conteúdo apresentado pelos palestrantes foi extremamente útil e tivemos a chance de ampliar as discussões sobre a epidemia crescente no Brasil e em nosso Estado”, ressaltou.

A falta de estratégias de segurança e políticas públicas para combater o uso da droga foi uma das principais polêmicas levantadas pelos especialistas e pesquisadores brasileiros que participaram da atividade. Durante o seminário, os psiquiatras Ronaldo Ramos Laranjeira e Marcelo Ribeiro de Araújo, que atuam na Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas (UNIAD) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), apresentaram um panorama do uso da droga no País e orientações médicas para atendimento e tratamento de dependentes e familiares. O psiquiatra Marco Antonio Bessa, ex-presidente da SPP e atual 2.º secretário do CRM-PR, coordenou o evento e ministrou palestra sobre dependência química de crack em crianças e adolescentes. "O crack chama a atenção porque sua dependência atinge níveis graves e impactantes. O usuário se desliga de tudo e sai vagando pelas ruas em busca da droga", explicou. Em sua explanação, Marco Bessa disse que há anos atrás não havia tratamento público especializado em dependência química e que, pouco a pouco, o Governo e as entidades médicas estão estudando um plano de combate ao crack.

Cartilha do crack

O seminário é resultado de uma mobilização nacional do Conselho Federal e Regionais de Medicina, em parceria com o Ministério da Saúde, com intuito de disseminar entre os médicos informações úteis sobre o tratamento da dependência. Por isso, durante o evento paranaense foi apresentada a cartilha, que traz as “Diretrizes Gerais Médicas para Assistência Integral ao Usuário do Crack” elaboradas pelo CFM.


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