Cresce total de clientes de planos mal avaliados

Publicado em:  21/10/2011

A proporção de beneficiários de planos de saúde nas operadoras mais mal avaliadas pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) cresceu de 4% para 10% de 2009 para 2010. Passaram de 1,8 milhão para 4,7 milhões.
Já a parcela de clientes das empresas de melhor desempenho caiu de 15% para 10%: de 6,7 milhões para 4,4 milhões. Analisando um intervalo de tempo maior, no entanto, o cenário melhora, pois o movimento mais significativo foi o de aumento na proporção dos que eram atendidos pelas operadoras "top".
Em 2007, não havia nenhuma empresa nessa faixa de avaliação. Em 2010, já eram 46, com 4,4 milhões de clientes. A ANS divide anualmente as companhias em cinco faixas de desempenho, dando notas de 0 a 1. Na de pior avaliação, o conceito é sempre menor que 0,2. Na melhor, supera 0,8.
Para o cálculo são consideradas informações como o acesso à prevenção e ao tratamento de doenças, a estrutura de atendimento disponível, a saúde financeira da operadora e a satisfação do cliente.
Coordenador do programa de qualificação da ANS, João Matos, explica que a agência considera bem avaliadas as empresas nas duas faixas superiores, acima de 0,6. Elas eram 56% do total em 2010. Para a pesquisadora Ligia Bahia, da UFRJ, o aumento do número de clientes nas piores faixas indica que empresas de médio ou grande porte registraram piora de desempenho.
Isso porque o acréscimo ocorreu apesar de a quantidade de operadoras nessa faixa ter caído -de 316 para 249. No total, 11 empresas com mais de 100 mil beneficiários estão entre os dois grupos de pior avaliação -abaixo de 0,4. Em nota, a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), que representa 15 grupos de empresas do setor, disse que um número "expressivo" de suas afiliadas recebeu avaliação positiva no índice.

 

23% das operadoras de saúde estão na pior faixa de avaliação

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgou nesta quinta-feira o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar, que classifica as operadoras de planos de saúde por faixas de avaliação. Os dados, de 2010, mostram que 23% das operadoras de planos médico-hospitalares e 32% das de planos odontológicos estão na pior faixa, de 0 a 0,19 (o índice vai até 1).

Veja a avaliação das operadoras

A ANS destacou, porém, que o número de operadoras mais bem avaliadas tem tendência de crescimento desde 2007.

Naquele ano, não havia nenhuma empresa de planos médico-hospitalares na melhor faixa de avaliação. Em 2010, elas já eram 134. Já no segmento de planos odontológicos, a parcela de empresas "top" passou de 2% para 5% do total no mesmo período.

O índice de avaliação leva em consideração quatro aspectos, que recebem pesos diferentes no cálculo:
desempenho da atenção à saúde (50%), desempenho econômico-financeiro (30%), desempenho de estrutura e operação (10%) e satisfação dos beneficiários (10%).


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