Álcool ainda preocupa faculdades em Apucarana

Publicado em:  09/03/2012

Crédito: Sérgio Rodrigo, da Tribuna do Norte - Diário do Paraná

Credito: Sérgio Rodrigo, da Tribuna do Norte - Diário do Paraná

FAP quer que providências sejam tomadas pelas autoridades para coibir a venda de álcool nas proximidades

Quando iniciaram uma discussão para a aprovação de um projeto de lei que vetasse a venda de bebidas alcoólicas em suas imediações, há quase três anos, as instituições de ensino superior de Apucarana não cogitavam que episódios ligados a estabelecimentos comerciais persistissem em 2012.

Na noite de anteontem, a Polícia Militar precisou intervir para que aulas pudessem ser assistidas por alunos da Faculdade de Apucarana (Fap). Duas pessoas que ocupavam veículos com som alto em frente à instituição foram detidas.

A Fap informou que apoia a ação da PM em suas proximidades e que, mesmo tendo pedido à Câmara de Vereadores ajuda para barrar o álcool nos arredores no ano passado, não obteve êxito. Segundo a instituição, muitas pessoas que frequentam estabelecimentos próximos não são estudantes da FAP, “mas vão até o local e acabam atrapalhando a circulação de alunos, ônibus e vans”.

“Tem ocorrido a liberação de alvarás para estabelecimentos que se definem como ‘restaurantes’, mas que a principal mercadoria comercializada são bebidas alcoólicas”, sustentou ontem a direção da faculdade, em nota enviada à Tribuna. No comunicado, a Fap solicitou, mais uma vez, o auxílio de órgãos competentes para solucionar a questão.

O presidente da Câmara, o vereador Alcides Ramos Júnior (DEM), confirmou que a Casa recebeu há alguns anos uma minuta para um projeto de lei que proíba a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos de qualquer natureza, a 300 metros das instituições de ensino superior. Para ele, no entanto, o problema não será resolvido através de uma nova legislação. “Não tem necessidade de celebrarmos uma minuta. Já temos uma lei que proíbe a abertura de bares perto das faculdades. Se temos bares com alvarás de restaurantes, alguém está burlando a lei. Por isso, não falta a Câmara aprovar uma lei, mas termos mais fiscalização e conscientização. Se afastarmos as bebidas alcoólicas 200 ou 300 metros das faculdades, isso não vai impedir que os alunos as procurem”, argumentou.


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