Comissões do Senado realizam audiência pública sobre o Ato Médico

Publicado em:  07/12/2012

<p>&nbsp;</p> <div style="text-align: justify;"> As Comiss&otilde;es de Assuntos Sociais (CAS) e de Educa&ccedil;&atilde;o, Cultura e Esporte (CE) marcaram para esta quarta-feira (12), &agrave;s 10h30, na sala 15, da Ala Alexandre Costa, a audi&ecirc;ncia p&uacute;blica conjunta para debater o substitutivo da C&acirc;mara dos Deputados ao projeto de lei do Senado que define as atribui&ccedil;&otilde;es das diversas profiss&otilde;es da &aacute;rea m&eacute;dica (PLS 268/2002). Ap&oacute;s o debate, est&aacute; prevista a vota&ccedil;&atilde;o do substitutivo pela Comiss&atilde;o de Educa&ccedil;&atilde;o.</div> <div style="text-align: justify;"> O projeto tem voto favor&aacute;vel do relator, C&aacute;ssio Cunha Lima (PSDB-PB), que acolheu o texto aprovado pela Comiss&atilde;o de Constitui&ccedil;&atilde;o, Justi&ccedil;a e Cidadania (CCJ). A proposta, no entanto, tem causado pol&ecirc;mica entre profissionais de sa&uacute;de desde sua apresenta&ccedil;&atilde;o, h&aacute; uma d&eacute;cada, pelo ent&atilde;o senador Ben&iacute;cio Sampaio.</div> <div style="text-align: justify;"> O texto lista procedimentos que s&oacute; poder&atilde;o ser realizados por m&eacute;dicos, como a aplica&ccedil;&atilde;o de anestesia geral, cirurgias, interna&ccedil;&otilde;es e altas. Tamb&eacute;m ficam restritos aos m&eacute;dicos diagn&oacute;sticos de doen&ccedil;as e decis&otilde;es sobre o tratamento do paciente. A proposta define ainda as tarefas liberadas aos demais profissionais de sa&uacute;de, entre elas a aplica&ccedil;&atilde;o de inje&ccedil;&otilde;es, curativos e coleta de sangue.</div> <div style="text-align: justify;"> Sem consenso para vota&ccedil;&atilde;o da mat&eacute;ria na Comiss&atilde;o de Educa&ccedil;&atilde;o, os senadores decidiram promover mais um debate sobre o assunto. Foram convidados para a discuss&atilde;o os ministros da Sa&uacute;de, Alexandre Padilha, e da Educa&ccedil;&atilde;o, Aloizio Mercadante, e o presidente do Conselho Nacional de Educa&ccedil;&atilde;o, Jos&eacute; Fernandes de Lima.</div> <div style="text-align: justify;"> &nbsp;</div> <div style="text-align: justify;"> <em><strong>Pol&ecirc;mica antiga</strong></em></div> <div style="text-align: justify;"> Em abril, a CE promoveu audi&ecirc;ncia p&uacute;blica para debater o tema. De um lado, estiveram os m&eacute;dicos, preocupados em delimitar seu espa&ccedil;o profissional. De outro, enfermeiros, psic&oacute;logos, fisioterapeutas, nutricionistas e demais profissionais da sa&uacute;de, temerosos de que, com a proposta, os m&eacute;dicos assegurem exclusivamente para si uma s&eacute;rie de atividades, criando assim uma &ldquo;reseva de mercado&rdquo;.</div> <div style="text-align: justify;"> C&aacute;ssio Cunha Lima &eacute; favor&aacute;vel a sua aprova&ccedil;&atilde;o por considerar que, no texto, n&atilde;o h&aacute; restri&ccedil;&otilde;es &agrave;s atividades dos demais profissionais. Na reuni&atilde;o da &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (27), seu relat&oacute;rio chegou a ser lido na CE, mas o presidente da comiss&atilde;o, senador Roberto Requi&atilde;o (PMDB-PR), concedeu vista coletiva.</div> <div style="text-align: justify;"> O projeto do Ato M&eacute;dico foi apresentado no Senado em 2002 e aprovado em 2006, ap&oacute;s uma s&eacute;rie de audi&ecirc;ncias p&uacute;blicas promovidas pela ent&atilde;o relatora da mat&eacute;ria, a senadora L&uacute;cia V&acirc;nia (PSDB-GO). Na C&acirc;mara, o texto foi aprovado em 2009, mas com uma reda&ccedil;&atilde;o modificada - e, por isso, retornou ao Senado, onde tramita agora.</div> <div style="text-align: justify;"> O substitutivo da C&acirc;mara foi aprovado pela Comiss&atilde;o de Constitui&ccedil;&atilde;o, Justi&ccedil;a e Cidadania em fevereiro deste ano. Depois da CE, a proposta ainda passar&aacute; pela Comiss&atilde;o de Assuntos Sociais (CAS), antes de ir &agrave; vota&ccedil;&atilde;o no Plen&aacute;rio.</div>


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