Histórias em quadrinhos ajudam no tratamento de distúrbios do sono em crianças

Publicado em:  26/01/2013

<p>&nbsp;</p> <h1 class="title" style="margin: 2px 0px 9px; font-size: 20px; color: rgb(51, 51, 51); line-height: 30px; font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif;"> &nbsp;</h1> <div class="node" style="margin: 0.5em 0px 2em; color: rgb(0, 0, 0); font-family: Verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.5px;"> <div class="content" style="line-height: 1.5em; margin: 0.5em 0px;"> <p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/Ag%C3%AAncia%20Brasil260113HQ_RONCO%202.jpg" style="border: 0px; width: 300px; height: 225px; margin: 4px; float: right;" /></p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">&nbsp;</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">&nbsp;</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">&nbsp;</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">&nbsp;</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">&nbsp;</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">&nbsp;</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">&nbsp;</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">Um estudo da Universidade Federal de S&atilde;o Paulo (Unifesp) utilizou hist&oacute;rias em quadrinhos para ajudar crian&ccedil;as em idade de pr&eacute;-alfabetiza&ccedil;&atilde;o a identificarem a presen&ccedil;a de dist&uacute;rbios do sono nelas mesmas ou em membros de suas fam&iacute;lias. Os desenhos ajudam no reconhecimento do ronco, ins&ocirc;nia, s&iacute;ndrome da apneia obstrutiva do sono (uma esp&eacute;cie de parada respirat&oacute;ria durante o sono) e s&iacute;ndrome das pernas inquietas.</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">O objetivo do estudo foi evitar o agravamento desses problemas, al&eacute;m de trazer o reconhecimento de que roncar n&atilde;o &eacute; normal e pode significar problemas de sa&uacute;de mais s&eacute;rios. Foram submetidas a uma avalia&ccedil;&atilde;o 548 crian&ccedil;as, com idades entre 6 e 10 anos, estudantes do ensino fundamental em escolas p&uacute;blicas e privadas.</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">Segundo a autora da pesquisa, Eleida Camargo, doutora em ci&ecirc;ncias da sa&uacute;de, foram distribu&iacute;dos question&aacute;rios &agrave;s crian&ccedil;as com quest&otilde;es referentes aos temas de dist&uacute;rbios do sono. A maioria delas respondeu que acredita que roncar seja algo normal (57,9%) e apenas 39,6% reconheceram que o ronco possa representar sintoma de alguma doen&ccedil;a.</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/Ag%C3%AAncia%20Brasil260113HQ_RONCO%201.jpg" style="border: 0px; width: 300px; height: 225px; margin: 4px; float: left;" />Ap&oacute;s a leitura das hist&oacute;rias em quadrinhos, que trazem esclarecimentos sobre os temas ligados aos dist&uacute;rbios do sono de forma l&uacute;dica, o percentual de alunos que avaliaram o ronco como algo normal caiu para 37,3%. A maioria das crian&ccedil;as (61,4%) passou a identificar o ronco como um sintoma. Outro dado interessante da pesquisa foi a percep&ccedil;&atilde;o de que o ronco &eacute; visto principalmente como um inc&ocirc;modo social. &ldquo;A gente percebe que o h&aacute;bito do ronco acaba sendo considerado negativo mais pelos seus aspectos culturais do que pelo reconhecimento de que pode ser uma doen&ccedil;a&rdquo;, disse.</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">O foco na faixa et&aacute;ria infantil, explica a pesquisadora, foi importante porque as crian&ccedil;as representam o futuro, al&eacute;m de terem papel fundamental ao despertar a aten&ccedil;&atilde;o dos pais. &ldquo;A popula&ccedil;&atilde;o pedi&aacute;trica &eacute; interessante porque ela &eacute; multiplicadora, as crian&ccedil;as s&atilde;o muito comunicativas, chegam em casa e falam para os pais. Estamos trabalhando preventivamente com uma gera&ccedil;&atilde;o, que vai se tornar adulta. Esse conhecimento vai se perpetuar ao longo do tempo&rdquo;, explica.</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">O diagn&oacute;stico dessas doen&ccedil;as de maneira precoce, disse Eleida, torna seus tratamentos mais eficazes. O ronco prim&aacute;rio infantil, por exemplo, quando n&atilde;o tratado, pode desencadear a apineia obstrutiva. &ldquo;A longo prazo, quem tem essa apineia obstrutiva do sono est&aacute; muito mais sujeito a ter problemas cardiovasculares ao despertar. Inclusive o AVC [Acidente Vascular Cerebral] chega a ser 40% mais propenso em homens adultos&rdquo;.</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/Ag%C3%AAncia%20Brasil260113HQ_FORMIGA%201.jpg" style="border: 0px; margin: 4px; float: right;" />Existem, al&eacute;m disso, casos de pacientes que se tratam durante anos contra a ins&ocirc;nia, com medica&ccedil;&atilde;o muitas vezes prejudicial, mas descobrem que o verdadeiro problema que possuem &eacute; a s&iacute;ndrome das pernas inquietas. De acordo com a pesquisadora, a ins&ocirc;nia pode ser apenas uma consequ&ecirc;ncia dessa s&iacute;ndrome, que se caracteriza pela necessidade de movimenta&ccedil;&atilde;o das pernas quando a pessoa entra em estado de relaxamento.</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">&ldquo;Ela vai se deitar e come&ccedil;a a sentir formigamento na perna, que s&oacute; melhora quando a movimenta. Ent&atilde;o, a pessoa est&aacute; com muito sono, mas come&ccedil;a a sentir aquilo. Ela come&ccedil;a a mover as pernas, o sono passa e ela vai dormir s&oacute; de madrugada&rdquo;, explica.</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">A s&iacute;ndrome das pernas inquietas tem dif&iacute;cil diagn&oacute;stico, muitas vezes em raz&atilde;o do pr&oacute;prio desconhecimento dos m&eacute;dicos. Entre as crian&ccedil;as, a detec&ccedil;&atilde;o do problema &eacute; ainda mais complexo, uma vez que elas apresentam sintomas diferentes dos adultos. Eleida explica que os pacientes infantis conseguem superar o formigamento no momento de dormir, mas, ao acordar, o problema se manifesta de forma muito mais intensa. &ldquo;Quando a crian&ccedil;a est&aacute; na escola, n&atilde;o consegue ficar parada e &eacute; diagnosticada equivocadamente com hiperatividade&rdquo;, disse.</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">De acordo com a pesquisadora, o tratamento para a s&iacute;ndrome pode ser muito simples, apenas pela reposi&ccedil;&atilde;o de ferro. Por isso, essa doen&ccedil;a &eacute; mais comum entre mulheres, justamente porque as pacientes femininas perdem ferro por meio da menstrua&ccedil;&atilde;o. Outra causa da s&iacute;ndrome, por sua vez, &eacute; o fator heredit&aacute;rio, que pode afetar fam&iacute;lias inteiras, esclarece a pesquisadora.</p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;"><em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p><p style="margin-bottom: 0.9em; line-height: 1.5em;">Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave;&nbsp;<strong>Ag&ecirc;ncia Brasil.</strong></p></div> </div> <p>&nbsp;</p>


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