CFM considera insuficientes critérios do MEC para abertura de novas vagas de medicina

Publicado em:  06/02/2013

<p>&nbsp;</p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: justify;">Para o Conselho Federal de Medicina, apesar de demonstrar boa inten&ccedil;&atilde;o, a medida n&atilde;o ataca a raiz da desigualdade no acesso e na distribui&ccedil;&atilde;o dos profissionais; o enfrentamento desses problemas passaria pela ado&ccedil;&atilde;o de medidas estruturantes no &acirc;mbito do SUS</span></p><p style="text-align: justify;">O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d&#39;&Aacute;vila, considerou os crit&eacute;rios do Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC) para a abertura de novos cursos de medicina insuficientes para resolver o problema da desigualdade na distribui&ccedil;&atilde;o de m&eacute;dicos pelo pa&iacute;s. Apesar de ter avaliado a medida como positiva, d&#39;&Aacute;vila acredita que somente a cria&ccedil;&atilde;o de uma carreira de Estado para o m&eacute;dico no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) e uma pol&iacute;tica de interioriza&ccedil;&atilde;o da assist&ecirc;ncia em sa&uacute;de garantem a fixa&ccedil;&atilde;o de profissionais nas &aacute;reas de dif&iacute;cil provimento.</p><p style="text-align: justify;">&quot;O Brasil precisa de m&eacute;dicos bem formados, bem qualificados e bem capacitados. Essa &eacute; uma medida que pode ajudar, a longo prazo, o preenchimento de vazios assist&ecirc;ncias, mas n&atilde;o podemos esquecer da qualifica&ccedil;&atilde;o do corpo docente destas escolas&quot;, afirma. Segundo o presidente do CFM, &eacute; muito dif&iacute;cil levar um corpo docente qualificado para o interior de alguns estados e garantir acesso dos estudantes a hospitais de ensino com infraestrutura adequada.</p><p style="text-align: justify;">O aspecto positivo do an&uacute;ncio, de acordo com o presidente, &eacute; que ele oferece argumenta&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica que pode se contrapor interesses meramente econ&ocirc;micos e pol&iacute;ticos de alguns grupos, que at&eacute; ent&atilde;o t&ecirc;m prevalecido. &quot;A abertura indiscriminada de cursos, especialmente privados, &eacute; uma preocupa&ccedil;&atilde;o do CFM. N&atilde;o somos contr&aacute;rios desde que seja comprovada a necessidade social, ocorra o preenchimento de todos os crit&eacute;rios do MEC e exista a garantia da qualidade de ensino, com vagas para a resid&ecirc;ncia m&eacute;dica.</p><p style="text-align: justify;">Ensino m&eacute;dico no Brasil - Ao todo o pa&iacute;s conta com 197 escolas (58% provadas) e 209 cursos de Medicina, n&uacute;mero suficiente para formar o contingente de m&eacute;dicos que o Brasil precisa. Em n&uacute;meros absolutos, o pa&iacute;s s&oacute; perde para a &Iacute;ndia em quantidade de escolas.</p><p style="text-align: justify;">N&uacute;meros do pr&oacute;prio Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o confirmam, no entanto, a fragilidade do ensino m&eacute;dico. Levantamento realizado ao longo de dois anos, no &acirc;mbito da Comiss&atilde;o de Especialistas da Secretaria de Ensino Superior do pr&oacute;prio Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o, (sob a supervis&atilde;o do ex-ministro Adib Jatene), j&aacute; demonstrou que parte significativa das escolas de medicina existentes n&atilde;o possu&iacute; condi&ccedil;&otilde;es de oferecer a capacita&ccedil;&atilde;o necess&aacute;ria aos seus alunos. Os resultados mostraram que mais de 20 institui&ccedil;&otilde;es alcan&ccedil;aram notas baixas (de 1 a 2) e nenhuma das 141 avaliadas conseguiu ser classificada na faixa m&aacute;xima (nota 5).</p>


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