Publicado em: 04/06/2013
<p>Os usuários de drogas, e as pessoas com problemas psiquiátricos graves, poderão começar a ser internados forçadamente em Curitiba. Pelo menos é o que pretende uma recomendação do Ministério Público do Paraná, feita pela promotora Fernanda Garcez. De acordo com ela, o serviço de atendimento móvel de urgência, e os centros municipais de urgências médicas, devem ser os responsáveis por avaliar se o paciente precisa ser internado ou não. No entanto, a recomendação divide opiniões. A Sociedade Paranaense de Psiquiatria considera que os médicos de urgência de Curitiba não estão capacitados para este tipo de atendimento, de acordo com o presidente <a href="http://bandnewsfmcuritiba.com/2013/06/04/mp-recomenda-internacao-compulsoria-para-usuarios-de-drogas-e-pessoas-com-problemas-psiquiatricos-graves/">André Rotta Brukiewicz</a>.</p><p>A internação involuntária, ou compulsória, já é prevista em lei, e é uma obrigação do Estado. Mas, o Paraná não tem leitos suficientes para internação psiquiátrica.</p><p>Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que as cidades devem ter pelo menos um leito psiquiátrico para cada grupo de mil habitantes. O Brasil, o Paraná e Curitiba, seguem na contramão desta recomendação.</p><p> </p><p><br /> Em uma nota enviada à nossa reportagem, a Prefeitura afirmou que há sim um treinamento anual para qualquer tipo de ocorrência, principalmente de pacientes com transtornos mentais. A administração diz que, em maio, foi inaugurado o Caps 24 horas do Boqueirão, com 13 vagas para acolher pacientes com transtornos mentais durante a noite, e capacidade de atender até 400 pessoas por mês. Também informa que foi ampliado o horário de atendimento dos Caps Cajuru e Portão, que agora funcionam em tempo integral, com 21 vagas noturnas. Já para crianças e adolescentes com dependência química, a rede municipal de saúde mental oferece o serviço 24 horas do Caps Centro Vida, na Vila Izabel, com cinco vagas noturnas.</p>