AMB, CFM e FENAM repudiam agressões a médicos estrangeiros em programas montados pelo Governo

Publicado em:  19/02/2014

<div> As entidades m&eacute;dicas nacionais - Associa&ccedil;&atilde;o M&eacute;dica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federa&ccedil;&atilde;o Nacional dos M&eacute;dicos (FENAM) &ndash; juntaram for&ccedil;as para criticar publicamente os problemas relacionados &agrave; atividade de intercambistas estrangeiros em programas montados pelo Governo. Em nota distribu&iacute;da &agrave; sociedade, elas expressam seu &ldquo;total rep&uacute;dio &agrave;s agress&otilde;es aos direitos humanos, individuais e trabalhistas aos quais os intercambistas estrangeiros e os m&eacute;dicos brasileiros foram e t&ecirc;m sido submetidos&rdquo;.</div> <div> &nbsp;</div> <div> No documento, a AMB, CFM e FENAM apontam a &ldquo;irresponsabilidade de gestores do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS), especialmente os do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, pelas omiss&otilde;es que t&ecirc;m resultado em comprometimento das condi&ccedil;&otilde;es de trabalho, preju&iacute;zos financeiros e danos morais, entre outros problemas, que afetam milhares de profissionais&rdquo;. As entidades pedem que as den&uacute;ncias surgidas com o pedido de asilo da intercambista cubana Ramona Matos Rodriguez e outros que tem surgido na imprensa sejam apurados pelas autoridades competentes.</div> <div> &nbsp;</div> <div> As tr&ecirc;s entidades ainda manifestam seu empenho para que as Medicina e a Sa&uacute;de, no Brasil, sejam inseridos como temas priorit&aacute;rios na agenda p&uacute;blica com a ado&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas efetivas, &ldquo;sem espa&ccedil;o para iniciativas lastreadas em situa&ccedil;&otilde;es de abuso contra os direitos humanos e trabalhistas, assegurando aos profissionais seus direitos legais em termos de emprego e condi&ccedil;&otilde;es para exerc&iacute;cio de suas fun&ccedil;&otilde;es&rdquo;.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Finalmente, elas ressaltam que para resolver definitivamente o problema da falta de acesso &agrave; assist&ecirc;ncia em sa&uacute;de deve ser criada imediatamente uma carreira p&uacute;blica para os m&eacute;dicos no &acirc;mbito do SUS. &ldquo;Somente com a garantia de oferta pelo Estado (via concurso p&uacute;blico) aos trabalhadores de condi&ccedil;&otilde;es para o atendimento (infraestrutura, insumos, etc.), educa&ccedil;&atilde;o continuada, possibilidade de progress&atilde;o funcional, remunera&ccedil;&atilde;o adequada e direitos trabalhistas &eacute; que m&eacute;dicos ter&atilde;o est&iacute;mulo para migrarem e se fixarem nas zonas de baixa cobertura assistencial&rdquo;.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Confira a &iacute;ntegra da nota abaixo:</div> <div> &nbsp;</div> <div> NOTA ABERTA &Agrave; SOCIEDADE</div> <div> Diante dos &uacute;ltimos acontecimentos relacionados &agrave; intercambista cubana Ramona Matos Rodriguez, aos intercambistas (de uma forma em geral) que vieram ao Brasil para atuar em programa organizado pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e aos milhares de m&eacute;dicos brasileiros que atuam na rede p&uacute;blica de todo o pa&iacute;s, a Associa&ccedil;&atilde;o M&eacute;dica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federa&ccedil;&atilde;o Nacional dos M&eacute;dicos (FENAM) &ndash; unificadamente &ndash; v&ecirc;m a p&uacute;blico expressar:</div> <div> &nbsp;</div> <div> 1) &nbsp; &nbsp; &nbsp; Total rep&uacute;dio &agrave;s agress&otilde;es aos direitos humanos, individuais e trabalhistas aos quais os intercambistas estrangeiros e os m&eacute;dicos brasileiros foram e t&ecirc;m sido submetidos;</div> <div> 2) &nbsp; &nbsp; &nbsp; Indigna&ccedil;&atilde;o com a irresponsabilidade de gestores do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS), especialmente os do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, pelas omiss&otilde;es que t&ecirc;m resultado em comprometimento das condi&ccedil;&otilde;es de trabalho, preju&iacute;zos financeiros e danos morais, entre outros problemas, que afetam milhares de profissionais;</div> <div> 3) &nbsp; &nbsp; &nbsp; Desejo de que todas as den&uacute;ncias e os ind&iacute;cios de irregularidades neste processo de contrata&ccedil;&atilde;o de intercambistas e de m&eacute;dicos brasileiros sejam apurados com rigor pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal (MPF), Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Trabalho (MPT) e Supremo Tribunal Federal (STF), ficando os respons&aacute;veis pelos supostos equ&iacute;vocos submetidos &agrave;s puni&ccedil;&otilde;es devidas;</div> <div> 4) &nbsp; &nbsp; &nbsp; Compromisso com a defesa do bom exerc&iacute;cio da Medicina e da oferta de assist&ecirc;ncia digna e de qualidade para todos os brasileiros, especialmente para os 150 milh&otilde;es de cidad&atilde;os que contam unicamente com o SUS para ter acesso a consultas, exames e outros procedimentos;</div> <div> 5) &nbsp; &nbsp; &nbsp; Inten&ccedil;&atilde;o de lutar para que a Medicina e a Sa&uacute;de, no Brasil, sejam temas priorit&aacute;rios na agenda p&uacute;blica com a ado&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas efetivas, sem espa&ccedil;o para iniciativas lastreadas em situa&ccedil;&otilde;es de abuso contra os direitos humanos e trabalhistas, assegurando aos profissionais seus direitos legais em termos de emprego e condi&ccedil;&otilde;es para exerc&iacute;cio de suas fun&ccedil;&otilde;es.</div> <div> &nbsp;</div> <div> As entidades lembram ainda que para resolver definitivamente o problema da falta de acesso &agrave; assist&ecirc;ncia em sa&uacute;de em todo o pa&iacute;s in&uacute;meras propostas foram entregues ao Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, que as engavetou sem avan&ccedil;os em sua implementa&ccedil;&atilde;o.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Assim, a partir da necessidade real de milh&otilde;es de cidad&atilde;os de contarem com pol&iacute;ticas eficazes que acabem de vez com os gargalos do atendimento na rede p&uacute;blica, AMB, CFM e FENAM apontam a cria&ccedil;&atilde;o imediata de uma carreira p&uacute;blica para os m&eacute;dicos no &acirc;mbito do SUS como a &uacute;nica sa&iacute;da para o problema.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Somente com a garantia de oferta pelo Estado (via concurso p&uacute;blico) aos trabalhadores de condi&ccedil;&otilde;es para o atendimento (infraestrutura, insumos, etc.), educa&ccedil;&atilde;o continuada, possibilidade de progress&atilde;o funcional, remunera&ccedil;&atilde;o adequada e direitos trabalhistas &eacute; que m&eacute;dicos ter&atilde;o est&iacute;mulo para migrarem e se fixarem nas zonas de baixa cobertura assistencial.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Solu&ccedil;&otilde;es que n&atilde;o observem estes aspectos s&atilde;o tempor&aacute;rias, paliativas e de baixa efic&aacute;cia, expondo a sa&uacute;de da popula&ccedil;&atilde;o brasileira a situa&ccedil;&otilde;es de risco e postergando o processo de implanta&ccedil;&atilde;o definitiva do SUS com base em princ&iacute;pios constitucionais de universalidade, integralidade e equidade.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Bras&iacute;lia, 9 de fevereiro de 2014.</div> <div> &nbsp;</div> <div> &nbsp;</div> <div> &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</div> <div> Associa&ccedil;&atilde;o M&eacute;dica Brasileira (AMB)<span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></div> <div> Conselho Federal de Medicina (CFM)<span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span></div> <div> Federa&ccedil;&atilde;o Nacional dos M&eacute;dicos (FENAM)</div> <div> &nbsp;</div>


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