Entidades médicas organizam atos públicos contra os problemas que afetam o setor suplementar de saúde

Publicado em:  19/02/2014

<h1> Entidades m&eacute;dicas anunciam Dia Nacional de Advert&ecirc;ncia e Protesto contra planos de sa&uacute;de</h1> <h4> A&ccedil;&otilde;es locais ser&atilde;o definidas pelas entidades m&eacute;dicas de cada Estado</h4> <div> No pr&oacute;ximo dia 7 de abril (Dia Mundial da Sa&uacute;de), entidades m&eacute;dicas de todo o pa&iacute;s organizam o Dia Nacional de Advert&ecirc;ncia e Protesto aos Planos de Sa&uacute;de. A data ser&aacute; marcada por atos p&uacute;blicos contra os problemas que afetam o setor suplementar de sa&uacute;de e dever&aacute; ainda convergir com o in&iacute;cio das mobiliza&ccedil;&otilde;es da categoria no &acirc;mbito do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS), tamb&eacute;m previsto para abril. Al&eacute;m de reivindicarem a recomposi&ccedil;&atilde;o de honor&aacute;rios, as entidades m&eacute;dicas defendem o fim da interven&ccedil;&atilde;o anti&eacute;tica das operadoras na autonomia profissional e a readequa&ccedil;&atilde;o da rede credenciada, para que seja garantido o acesso pleno e digno dos pacientes &agrave; assist&ecirc;ncia contratada.</div> <div> &nbsp;&nbsp;</div> <div> A delibera&ccedil;&atilde;o foi promovida durante encontro da Comiss&atilde;o Nacional de Sa&uacute;de Suplementar (Comsu), realizada na &uacute;ltima sexta-feira (14) na sede da Associa&ccedil;&atilde;o Paulista de Medicina (APM). Em ato simb&oacute;lico, as operadoras de planos de sa&uacute;de e a Ag&ecirc;ncia Nacional de Sa&uacute;de Suplementar (ANS), reguladora do setor, receberam cart&atilde;o amarelo por ainda n&atilde;o atenderem plenamente o pleito dos m&eacute;dicos. Segundo o coordenador do grupo e 2&ordm; vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Alo&iacute;sio Tibiri&ccedil;&aacute;, a sa&uacute;de suplementar cresce cerca 4% ao ano em quantidade de benefici&aacute;rios e, por isso, &eacute; preciso ter sua rede credenciada ampliada e seus prestadores de servi&ccedil;o valorizados.</div> <div> &nbsp;</div> <div> &ldquo;Temos um compromisso com a sociedade e nosso papel &eacute; alertar e denunciar a insatisfa&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos e dos pacientes com esse setor que hoje &eacute; um dos l&iacute;deres em reclama&ccedil;&otilde;es nos &oacute;rg&atilde;os de defesa do consumidor. &Agrave;s vezes, pedimos um exame que demora meses para ser feito, o que pode comprometer o nosso atendimento. Queremos mobilizar todo o Brasil neste dia de protesto&rdquo;, afirmou Tibiri&ccedil;&aacute;.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Reivindica&ccedil;&otilde;es &ndash; Ser&aacute; o quarto ano consecutivo em que os m&eacute;dicos se mobilizam em prol de melhorias no setor. Desta vez, a categoria definiu quatro itens de reivindica&ccedil;&atilde;o que exprimem o hist&oacute;rico de lutas das entidades m&eacute;dicas. Al&eacute;m do reajuste adequado dos valores das consultas e procedimentos &ndash; tendo como refer&ecirc;ncia a Classifica&ccedil;&atilde;o Brasileira de Honor&aacute;rios e Procedimentos M&eacute;dicos (CBHPM)em vigor &ndash;, a classe cobra da ANS uma nova contratualiza&ccedil;&atilde;o e hierarquiza&ccedil;&atilde;o dos procedimentos m&eacute;dicos baseadas nas propostas das entidades m&eacute;dicas nacionais apresentadas desde abril de 2012. O fim da interven&ccedil;&atilde;o anti&eacute;tica dos planos de sa&uacute;de na autonomia da rela&ccedil;&atilde;o m&eacute;dico-paciente e a readequa&ccedil;&atilde;o da rede credenciada tamb&eacute;m ser&atilde;o bandeiras da mobiliza&ccedil;&atilde;o.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Para o dia 7 de abril, est&aacute; prevista a realiza&ccedil;&atilde;o de atos p&uacute;blicos como assembleias, caminhadas, concentra&ccedil;&otilde;es, dentre outras formas de manifesta&ccedil;&atilde;o. O formato ser&aacute; definido pelas Comiss&otilde;es Estaduais de Honor&aacute;rios M&eacute;dicos, compostas pelas Associa&ccedil;&otilde;es M&eacute;dicas, Conselhos Regionais de Medicina, Sindicatos M&eacute;dicos e Sociedades Estaduais de Especialidades. Em caso de suspens&atilde;o tempor&aacute;ria de atendimentos eletivos, os pacientes ser&atilde;o atendidos em nova data, que ser&aacute; informada.&nbsp;</div> <div> &nbsp;</div> <div> Durante o encontro em S&atilde;o Paulo, tamb&eacute;m foi divulgada uma carta aberta &agrave; ANS, aos m&eacute;dicos e &agrave; sociedade, assinada pelas tr&ecirc;s entidades nacionais &ndash; Associa&ccedil;&atilde;o M&eacute;dica Brasileira (AMB), CFM e Federa&ccedil;&atilde;o Nacional dos M&eacute;dicos (Fenam). No documento, os m&eacute;dicos criticam a proposta de resolu&ccedil;&atilde;o normativa da Ag&ecirc;ncia, que pretende induzir &ldquo;boas pr&aacute;ticas entre operadoras e prestadores&rdquo;, sem, no entanto, contemplar ou reproduzir as discuss&otilde;es e demandas sobre a contratualiza&ccedil;&atilde;o. Se editada na forma original, afirmam os m&eacute;dicos, a norma poder&aacute; agravar ainda mais os conflitos no setor.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Confira abaixo a &iacute;ntegra da Carta Aberta e leia mais sobre o assunto em <a href="http://www.crmpr.org.br/Proposta+da+ANS+nao+atende+aos+medicos+11+19998.shtml" target="_blank">Proposta da ANS n&atilde;o atende aos m&eacute;dicos</a>:</div> <div> &nbsp;</div> <div style="text-align: center;"> <strong>CARTA ABERTA &Agrave; ANS, AOS M&Eacute;DICOS E &Agrave; SOCIEDADE</strong></div> <div> &nbsp;</div> <div> Os m&eacute;dicos, por meio de suas entidades representativas nacionais, tornam p&uacute;blica sua posi&ccedil;&atilde;o contr&aacute;ria ao conte&uacute;do da Resolu&ccedil;&atilde;o Normativa expressa na Consulta P&uacute;blica 54/2013, proposta pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Sa&uacute;de Suplementar (ANS).</div> <div> &nbsp;</div> <div> A formata&ccedil;&atilde;o final desta Consulta P&uacute;blica n&atilde;o contemplou ou reproduziu as discuss&otilde;es e demandas sobre contratualiza&ccedil;&atilde;o, levadas &agrave; ANS pelos m&eacute;dicos desde abril de 2012, quando se iniciaram as discuss&otilde;es.</div> <div> &nbsp;</div> <div> A tem&aacute;tica proposta n&atilde;o atende ao previsto na Agenda Regulat&oacute;ria da pr&oacute;pria ANS para 2013/2014, no que diz respeito aos m&eacute;dicos, e n&atilde;o resolve os conflitos entre operadoras e prestadores m&eacute;dicos na Sa&uacute;de Suplementar. Pelo contr&aacute;rio, nomeada de &ldquo;boas pr&aacute;ticas&rdquo;, cria uma maior interface de problemas.</div> <div> &nbsp;</div> <div> A ANS foge de seu dever legal de mediar a rela&ccedil;&atilde;o entre os agentes do setor, n&atilde;o produzindo a necess&aacute;ria seguran&ccedil;a jur&iacute;dica que se daria atrav&eacute;s de uma real contratualiza&ccedil;&atilde;o.</div> <div> &nbsp;</div> <div> A ANS prop&otilde;e solu&ccedil;&otilde;es chamadas de &ldquo;boas pr&aacute;ticas&rdquo;, que beneficiar&atilde;o os planos de sa&uacute;de, e tenta, nesta proposta de Resolu&ccedil;&atilde;o, impedir o recurso dos m&eacute;dicos &agrave; Justi&ccedil;a, direito fundamental na democracia.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Assim, face ao item tr&ecirc;s da Agenda Regulat&oacute;ria da ANS &ndash; &ldquo;relacionamento entre operadoras e prestadores&rdquo; &ndash;, constatamos a exclus&atilde;o dos itens dos prestadores m&eacute;dicos na solu&ccedil;&atilde;o proposta. Portanto, sem sua incorpora&ccedil;&atilde;o na discuss&atilde;o, veremos editada pela Ag&ecirc;ncia uma norma que, de forma unilateral, n&atilde;o atende aos m&eacute;dicos e n&atilde;o oferece a necess&aacute;ria seguran&ccedil;a ao atendimento final dos nossos pacientes.</div>


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