Publicado em: 07/04/2014
<div class="imagem-representativa imagem-615x300" style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51); width: 600px;"> <ul style="margin: 0px; padding-right: 0px; padding-left: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;"><li style="margin: 0px; padding: 0px 0px 10px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; list-style: none;"><p class="credito-foto" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: 10px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; color: rgb(102, 102, 102); text-align: right;">Lilian Ferreira/UOL</p><img alt="Imagem mostra alterações na expressão do DNA em indivíduos que tinham status socioeconômico baixo e normal quando eram crianças. É possível ver como os padrões se alteram, onde em um indivíduo com poder socioeconômico os marcadores ficam verdes, nos mais pobres ficam vermelhos e vice-versa " class="imagem" height="300" src="http://imguol.com/c/noticias/2014/04/07/imagem-mostra-alteracoes-na-expressao-do-dna-em-individuos-que-tinham-status-socioeconomico-baixo-e-normal-quando-eram-criancas-1396896700223_615x300.jpg" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; width: 600px;" title="Lilian Ferreira/UOL" width="600" /><p style="margin: 10px 0px 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; color: rgb(102, 102, 102);">Imagem mostra alterações na expressão do DNA em indivíduos que tinham status socioeconômico baixo e normal quando eram crianças. É possível ver como os padrões se alteram, onde em um indivíduo com poder socioeconômico os marcadores ficam verdes, nos mais pobres ficam vermelhos e vice-versa</p></li></ul></div> <p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">A epigenética estuda há mais de 50 anos as alterações que o ambiente produz na expressão do DNA. Nas últimas pesquisas desta linha, cientistas têm relacionado abuso na infância a estas alterações que levam à agressividade na vida adulta. Para quebrar este ciclo, novos fármacos podem ser desenvolvidos para atuar diretamente no código genético. Esta discussão abriu o Congresso Cérebro, Comportamento e Emoções, que ocorre em Montreal, no Canadá, de 7 a 9 de abril.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">O professor de farmacologia e genética da Universidade McGill, no Canadá, com pós-doutorado na Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, Moshe Szyf, explica que estas alterações aparecem influenciadas pelo ambiente quando a seleção natural é ineficaz ou seria muito demorada.</p> <h3 style="margin: 0px; padding: 0px 0px 4px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);"> Estudos</h3> <p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Para estudar o princípio, neurônios do hipocampo de ratos de 6 dias foram tratados com ácido por duas horas. Quando foi feita a análise de genoma, viu-se que 71,7% do DNA não mudou, mas alguns tiveram suas funções alteradas.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">"É como se cada escritório mudasse sua atividade, uns mais e outros menos, para se adaptar ao ambiente. E, se isso é verdade, temos que pensar como os genes podem ser alterados durante a gestação, já que temos um padrão constante, mas que é influenciado pela experiência", afirma.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">As alterações podem ocorrer ao longo da vida e também ser transmitidas por gerações. "Eventos na infância e ocorridos com gerações anteriores definem a epigenética, mas cada nova interação age em cada interação prévia e vai formando uma expressão um pouco diferente".</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Partindo deste conhecimento, pesquisas avançaram para relacionar o cuidado materno na infância com alterações na expressão do DNA em diversos sistemas. <strong style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;">A conclusão foi que pessoas abusadas quando criança têm uma mudança neste padrão do genoma em todo o corpo.</strong></p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Stephen Suomi, que faz pesquisas com macacos rhesus para o Instituto Nacional de Saúde da Criança e Desenvolvimento Humano (NICHD) dos EUA, constatou que o abuso e separação da mãe no início de vida dos macacos traz alterações profundas para os filhotes, que se tornam mais agressivos.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">As fêmeas que sofreram abuso na infância ficam mais agressivas, mas não são separadas do grupo, e quando adultas têm filhotes que também são mais agressivos. Mas então, a agressividade vem do genoma passado pela mãe abusada ou pelo abuso cometido por ela?</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">"A agressividade vem tanto do genoma da mãe, que já foi abusada na infância, quanto da separação do filho/a na existência de uma figura materna", explica Suomi ao <strong style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;">UOL</strong>.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">O pesquisador explica que para estes macacos o contato com a mãe é muito intenso nos primeiros anos de vida. É a mãe que vai servir de base para ele explorar o ambiente e se relacionar com outros membros do grupo.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Os machos excluídos pelas mães também são excluídos pelo grupo, não aprendem a socializar e se tornam muito agressivos e solitários, representando de 5 a 10% do total de macacos.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">"Em um experimento, pegamos filhotes de mães normais e colocamos com mães que foram abusadas e que os afastaram do grupo: 60% deles se tornaram agressivos. Do lado contrário, pegamos macacos de mães agressivas e colocamos com avós postiças, macacas que já tiveram sua prole, e 100% não se tornaram agressivos. Então, sabemos que ambos influenciam, mas a separação no início da vida tem um fator dominante".</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Já os macacos excluídos, quando criados junto com colegas tornam-se mais tímidos e não sabem a diferença clara entre brincar e brigar, por exemplo.</p> <div class="modalbumfotos modulos carregado" style="margin: 20px 0px; padding: 0px; border: 1px solid rgb(230, 230, 230); font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; overflow: hidden; position: relative; clear: both; min-height: 300px; background-image: none; color: rgb(51, 51, 51);"> <div class="conteudo" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;"> <div id="albumHTML1" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;"> <a class="btAlbum" href="http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2014/02/17/pesquisas-sobre-o-cerebro-e-mente.htm#fotoNav=7" id="btVerAlbumMaior1" style="color: rgb(255, 255, 255); opacity: 0; -webkit-transition: opacity 0.5s; transition: opacity 0.5s; padding: 0px 15px; background-color: rgb(0, 0, 0); z-index: 11; position: absolute; right: 10px; top: 10px; display: block; cursor: pointer; font-size: 12px !important; line-height: 30px !important; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif !important;" title="Acesse o Álbum">Ampliar</a> <div class="boxFullImage " id="boxFullImage1" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; background-color: rgb(26, 26, 26); position: relative; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> <div class="carregado fullImage" id="fullImage1" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; position: relative; min-height: 300px; text-align: center; background-image: none; height: auto;"> <div align="center" class="img-box" id="fullImageCenter1" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: middle; display: inline-block; width: 598px; max-width: 598px !important;"> <img border="0" class="fullImageSrc" id="fullImageSrc1" src="http://imguol.com/c/noticias/2013/09/26/26set2013---cientistas-identificaram-um-circuito-cerebral-da-compulsao-alimentar-apos-observarem-os-neuronios-que-atuam-no-hipotalamo-lateral-regiao-responsavel-por-controlar-impulsos-de-camundongos-1380219398213_956x500.jpg" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; max-width: 100%; display: block;" /> <h3 class="tituloAlbum" style="margin: 0px; padding: 15px 10px 15px 15px; border: 0px; font-size: 14px; line-height: normal; vertical-align: baseline; text-align: left; position: absolute; bottom: 0px; left: 0px; background-color: rgb(38, 38, 38); -webkit-transition: bottom 0.8s; transition: bottom 0.8s; max-width: 425px; -webkit-font-smoothing: antialiased; text-rendering: optimizelegibility; text-shadow: transparent 0px 0px 1px; color: rgb(255, 255, 255) !important;"> Pesquisas sobre o cérebro e mente<span class="qtdFotos" style="margin: 0px 0px 0px 10px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: normal; line-height: inherit; vertical-align: baseline; color: rgb(153, 153, 153);">13 fotos</span></h3> <span class="contador" style="margin: 0px; padding: 10px 20px 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 12px; vertical-align: baseline; opacity: 0; transition: opacity 0.5s; -webkit-transition: opacity 0.5s; color: rgb(255, 255, 255); text-align: left; position: absolute; bottom: 0px; left: 0px; background-color: rgb(38, 38, 38); background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">7 / 13</span></div> </div> <div class="fotoLegendaBox" id="fotoLegendaBox1" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: 1px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; position: relative; bottom: 0px; left: 0px; z-index: 11; width: 598px;"> <div class="fotoLegenda" id="fotoLegenda1" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: 0px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; color: rgb(255, 255, 255); background-color: rgb(38, 38, 38); overflow: hidden;"> <div class="transparencia" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;"> <div class="legendaTexto" style="margin: 0px; padding: 20px; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; vertical-align: baseline; position: relative; overflow: hidden; color: rgb(204, 204, 204);"> COMPULSÃO ALIMENTAR - Cientistas identificaram um circuito cerebral da compulsão alimentar após observações de neurônios de camundongos que atuam no hipotálamo lateral, região responsável por controlar impulsos. Esse circuito fazia as cobaias continuarem a comer mesmo depois de alimentadas, assim como levava os animais a recusarem comida quando famintos <a class="mais" href="http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/09/26/pesquisa-em-ratos-identifica-neuronios-que-levam-a-comer-compulsivamente.htm" style="color: rgb(255, 255, 255); -webkit-transition: opacity 0.5s; transition: opacity 0.5s; font-size: 12px; margin-left: 5px;">Leia mais</a> <em style="margin: 0px 0px 0px 5px; padding: 0px; border: 0px; font-size: 12px; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; color: rgb(153, 153, 153);">Dakota Rose/Science</em></div> </div> </div> </div> </div> </div> </div> </div> <h3 style="margin: 0px; padding: 0px 0px 4px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);"> <strong style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;">Baixa serotonina, mais agressividade</strong></h3> <p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Ao analisar o DNA dos macacos,<strong style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;"> o pesquisador pôde ver alterações na expressão de alguns genes e em regiões do cérebro relacionados à serotonina</strong>, neurotransmissor ligado ao prazer, e sua falta, à agressividade.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">As mesmas alterações foram vistas em indivíduos que reportaram ser solitários e que provavelmente também sofreram abusos na infância, em estudo realizado em 2007, por John Cacioppo.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Linda Booij, da equipe de Szyf na Universidade McGill, detalha um estudo que está em revisão para ser publicado neste ano, que seguiu crianças dos 6 aos 26 anos, e percebeu alterações nos genes ligados ao transporte de serotonina naquelas que passaram por estresse na infância. "As enzimas [que alteram como o DNA se manifesta] são produzidas e alteradas até a vida adulta", diz.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">"Fizemos um estudo com gêmeos, que possuem o mesmo genoma, mas comportamento diferente, quando tinham 5 meses até os 16 anos. Vimos variações na expressão do DNA em 37 pares de genes, sendo que 96% deles continuavam iguais em ambos", explica a cientista.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">"22 pessoas apresentaram correlação entre alterações na expressão do DNA e na quantidade de serotonina, sendo que quanto maior a alteração, menor a serotonina", conta. Booij afirma que quatro novos estudos estão sendo feitos e que já puderam perceber que o abuso na infância está diretamente ligado às alterações na ativação do DNA e no transporte da serotonina, além de influenciar no tamanho do hipocampo no cérebro e na reação a emoções.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Richard Tremblay, professor de pediatria e psiquiatria na Universidade de Montreal, no Canadá, cita uma pesquisa com 600 pares de gêmeos e 2.223 crianças feita em 1997 e 1998 para analisar a agressividade de crianças. "A conclusão é que não é a pobreza ou a falta de educação que leva a agressividade em crianças de até 3,5 anos. Já a agressão em adolescentes tem causas relacionadas a gravidez na adolescência, desnutrição, pobreza, entre outros. E essas mães têm filhos e filhas agressivos, o que só propaga o ciclo".</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Szyf afirma que o abuso infantil e a adversidade social fazem com que alguns genes respondam de forma organizada. "As pessoas abusadas têm genes abusados". Ele destaca que como não é possível fazer um estudo randomizado de pessoas abusadas, outro estudo com sofrimento da mãe na época da gravidez, feita em Quebec, mostra que o estresse sofrido, tanto por mulheres com melhor ou pior situação social, provoca diferença na expressão do DNA e também na formação de células T, de defesa do organismo contra doenças.</p> <div class="modalbumfotos modulos carregado" style="margin: 20px 0px; padding: 0px; border: 1px solid rgb(230, 230, 230); font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; overflow: hidden; position: relative; clear: both; min-height: 300px; background-image: none; color: rgb(51, 51, 51);"> <div class="conteudo" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;"> <div id="albumHTML2" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;"> <a class="btAlbum" href="http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2013/01/09/conheca-estudos-cientificos-mais-curiosos.htm#fotoNav=48" id="btVerAlbumMaior2" style="color: rgb(255, 255, 255); opacity: 0; -webkit-transition: opacity 0.5s; transition: opacity 0.5s; padding: 0px 15px; background-color: rgb(0, 0, 0); z-index: 11; position: absolute; right: 10px; top: 10px; display: block; cursor: pointer; font-size: 12px !important; line-height: 30px !important; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif !important;" title="Acesse o Álbum">Ampliar</a> <div class="boxFullImage " id="boxFullImage2" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; background-color: rgb(26, 26, 26); position: relative; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> <div class="carregado fullImage" id="fullImage2" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; position: relative; min-height: 300px; text-align: center; background-image: none; height: auto;"> <div align="center" class="img-box" id="fullImageCenter2" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: middle; display: inline-block; width: 598px; max-width: 598px !important;"> <img border="0" class="fullImageSrc" id="fullImageSrc2" src="http://imguol.com/c/noticias/2013/12/12/12dez2013---se-voce-tem-uma-tendencia-a-ser-como-a-felicia-e-adora-apertar-gatinhos-e-melhor-mudar-de-habitos-uma-pesquisa-da-universidade-lincoln-nos-estados-unidos-afirma-que-o-carinho-continuo-do-1386890422552_584x500.jpg" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; max-width: 100%; display: block;" /> <h3 class="tituloAlbum" style="margin: 0px; padding: 15px 10px 15px 15px; border: 0px; font-size: 14px; line-height: normal; vertical-align: baseline; text-align: left; position: absolute; bottom: 0px; left: 0px; background-color: rgb(38, 38, 38); -webkit-transition: bottom 0.8s; transition: bottom 0.8s; max-width: 425px; -webkit-font-smoothing: antialiased; text-rendering: optimizelegibility; text-shadow: transparent 0px 0px 1px; color: rgb(255, 255, 255) !important;"> Conheça alguns estudos científicos curiosos<span class="qtdFotos" style="margin: 0px 0px 0px 10px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: normal; line-height: inherit; vertical-align: baseline; color: rgb(153, 153, 153);">49 fotos</span></h3> <span class="contador" style="margin: 0px; padding: 10px 20px 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: 12px; vertical-align: baseline; opacity: 0; transition: opacity 0.5s; -webkit-transition: opacity 0.5s; color: rgb(255, 255, 255); text-align: left; position: absolute; bottom: 0px; left: 0px; background-color: rgb(38, 38, 38); background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">48 / 49</span></div> </div> <div class="fotoLegendaBox" id="fotoLegendaBox2" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: 1px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; position: relative; bottom: 0px; left: 0px; z-index: 11; width: 598px;"> <div class="fotoLegenda" id="fotoLegenda2" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: 0px; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; color: rgb(255, 255, 255); background-color: rgb(38, 38, 38); overflow: hidden;"> <div class="transparencia" style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;"> <div class="legendaTexto" style="margin: 0px; padding: 20px; border: 0px; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 20px; vertical-align: baseline; position: relative; overflow: hidden; color: rgb(204, 204, 204);"> Se você tem uma tendência a ser como a Felícia e adora apertar todos os gatinhos que aparecem, é melhor mudar de hábitos. A primeira dica é ver se ele gosta de carinhos ou se apenas os tolera. Segundo pesquisa da USP, gatos que toleram carinhos, mas não gostam, ficam mais estressados. Já se eles gostam, aproveite! <a class="mais" href="http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/12/13/carinho-de-dono-pode-gerar-estresse-para-gato-mostra-pesquisa.htm" style="color: rgb(255, 255, 255); -webkit-transition: opacity 0.5s; transition: opacity 0.5s; font-size: 12px; margin-left: 5px;">Leia mais</a> <em style="margin: 0px 0px 0px 5px; padding: 0px; border: 0px; font-size: 12px; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline; color: rgb(153, 153, 153);">Divulgação</em></div> </div> </div> </div> </div> </div> </div> </div> <h3 style="margin: 0px; padding: 0px 0px 4px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);"> Abusados também têm menos resistência a doenças</h3> <p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Quando os jovens agressores da pesquisa citada por Tremblay foram estudados, viu-se que eles tinham a expressão do DNA alterada e que isto impactava em um menor nível de plasma e níveis deficientes de células imunológicas T e monócitos.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Na pesquisa com macacos rhesus excluídos, alguns genes subexpressos estão ligados a imunoglobina e outros com padrões de inflamação.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Em 1958, foi feito um estudo com 40 pessoas que passaram por adversidade econômicas no começo da vida e que mudaram seus status social com o tempo. Elas foram divididas em quatro grupos, os que sofreram grande adversidade no início da vida e os que não sofreram, e os que enfrentavam dificuldades ou não após 45 anos.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">"O que puderam perceber é que a assinatura de adversidade no início da vida tem consequências tanto para a saúde física quanto mental", explica Szyf, indicando que mesmo os que melhoraram de vida mantém a assinatura.</p> <h3 style="margin: 0px; padding: 0px 0px 4px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);"> Remédio epigenético</h3> <p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Para ele, é aí que a epigenética pode ser útil, pois seria possível usar remédios para alterar a expressão do DNA e "corrigir" expressões que não são úteis.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">"Não podemos mudar mutações que causam Alzheimer, por exemplo, mas vemos que há alterações na expressão de genes no hipocampo e no córtex cerebral. Vemos os mesmos sinais em pacientes com câncer e outras doenças. Podemos, então, tratar com epigenética para alterar uma parte da patologia genética", diz o farmacologista.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Um teste foi feito com<strong style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;"> ratos, tratados por 3 meses antes de apresentar sintomas, com suplementos e conseguiu-se melhorar sua habilidade cognitiva</strong>. "Esse é só o princípio. Temos que entender não só o que acontece no cérebro, mas como tratar e pré-tratar doenças".</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">Booij concorda: as alterações no DNA podem ser usadas para identificar riscos de problemas emocionais, por exemplo, e proporcionar tratamento adequado.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">"O ambiente modifica a programação genética com mais eficiência do que intervir diretamente no genoma", conclui Tremblay, o que permite uma intervenção preventiva para evitar o desenvolvimento de doenças.</p> <h3 style="margin: 0px; padding: 0px 0px 4px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);"> <strong style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;">O que é a epignética?</strong></h3> <p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">A epigenética busca explicar como o ambiente altera a expressão do DNA partindo do fato de que um mesmo genoma produzir fenótipos diferentes, para expressar tanto a célula de fígado quando a cor do olho, por exemplo. </p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">"A ideia é que tudo está determinado no genoma, mas ele tem capacidade de mudar. Temos o processo de diferenciação do genoma em diferentes células. Assim, alguns genes podem estar ativos ou não e expressar esta ou aquela característica", explica Szyf, que lembra que isto não é uma mutação genética, quando o gene em si muda.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">A bioquímica mostra claramente quais genes estão ativados e como eles são alterados por interferências externas, sejam químicas, biológicas ou sociais. "Sinais externos da mãe para o filho, seja de ambiente de pobreza ou riqueza, frio ou calor, dias ou noites mais longas, tudo isso é disparado para as crianças. Sabemos que esses sinais externos não são determinados no genoma, mas o influenciam", conclui ao afirmar que as diferentes experiências que passamos na vida determinam o genoma.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">O nome científico para isso são genes metilados, que são os que apresentam mudanças químicas, ligações diferentes de compostos, que irão fazer aquele DNA se expressar ou não. E ao analisar o genoma de uma pessoa é possível saber, por estas alterações, se a mãe morou no Equador ou na Suécia, por exemplo.</p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);">O pesquisador diz que não é possível separar corpo e mente, que o ser humano tem interação com o ambiente, com outros seres e com a sociedade, que ativam mudanças na expressão do DNA para uma função adaptada. "Entendemos tanto o bem-estar quanto a enfermidade como fatores para adaptação". </p><p style="margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; vertical-align: baseline; color: rgb(51, 51, 51);"><em style="margin: 0px; padding: 0px; border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; vertical-align: baseline;">*A jornalista viajou a convite da organização do Congresso Cérebro, Comportamento e Emoções</em></p>