Entidades se manifestam contra a legalização da maconha

Publicado em:  27/01/2015

<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="5" class="fontePQ" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 13px; color: rgb(78, 78, 78);" width="100%"> <tbody> <tr> <td colspan="2"> <h2 style="font-size: 20px; color: rgb(0, 0, 0); margin-top: 2px; margin-bottom: 6px;"> Entidades se manifestam contra a legaliza&ccedil;&atilde;o da maconha</h2> </td> </tr> <tr> <td colspan="2"> <h3 style="font-size: 18px; margin-bottom: 8px;"> <img src="http://www.boanoticia.org.br/arquivos/images/noticias/2012/brasilsemdrogas.jpg" style="margin-right: 10px; float: left; width: 200px; height: 236px;" /></h3> <p>A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada no &uacute;ltimo dia 3 revelou que 79% dos eleitores brasileiros s&atilde;o contra a descriminaliza&ccedil;&atilde;o da maconha.&nbsp; Refor&ccedil;ando o grupo dos que se colocam contr&aacute;rios ao projeto de lei que tramita no Congresso Nacional visando a legaliza&ccedil;&atilde;o da maconha, entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil, sec&ccedil;&atilde;o Cear&aacute; (OAB-CE), a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Psiquiatria (ABP) a Federa&ccedil;&atilde;o Esp&iacute;rita Brasileira (FEB) j&aacute; se manifestaram apresentando argumentos jur&iacute;dicos, m&eacute;dicos e espirituais.<br /> &nbsp;<br /> O presidente da OAB-CE, Valdet&aacute;rio Andrade Monteiro, afirmou que a institui&ccedil;&atilde;o se posiciona contra o projeto de lei que visa legalizar a maconha, entre outros motivos porque &quot;se legalizar a maconha, passa-se para um processo de descriminaliza&ccedil;&atilde;o do tr&aacute;fico, o que torna isso muito perigoso, porque o com&eacute;rcio da maconha &eacute; a porta de acesso para outras drogas e pode ser que outras drogas sejam comercializadas ilegalmente com a maconha&quot;. A quest&atilde;o j&aacute; vem sendo tratada pela OAB-CE de forma pioneira. A entidade criou, inclusive a sua Comiss&atilde;o de Pol&iacute;ticas P&uacute;blicas Sobre Drogas, presidida por Rossana Brasil.<br /> <br /> <strong>Danos &agrave; sa&uacute;de</strong><br /> <br /> J&aacute; a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Psiquiatria lan&ccedil;ou um manifesto apresentando 10 argumentos contr&aacute;rios &agrave; legaliza&ccedil;&atilde;o da maconha. O documento &eacute; assinado pela ABP, pela Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Estudos do &Aacute;lcool e outras Drogas (ABEAD) e todos os m&eacute;dicos psiquiatras componentes da Comiss&atilde;o de Depend&ecirc;ncia Qu&iacute;mica da ABP. Conhe&ccedil;a o manifesto intitulado &ldquo;Porque a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Psiquiatria (ABP) &eacute; Contr&aacute;ria &agrave; Legaliza&ccedil;&atilde;o da Maconha&rdquo;:</p><ol><li>Falta de estrutura para o tratamento de dependentes. O Brasil n&atilde;o possui uma rede comunit&aacute;ria ambulatorial e hospitalar para as pessoas que desenvolvem transtornos mentais ou de comportamento em decorr&ecirc;ncia do uso da droga. Com o potencial aumento do consumo, ocorrer&aacute; tamb&eacute;m um aumento do n&uacute;mero de dependentes. &Eacute; inadequado discutir modelos que funcionam em outras na&ccedil;&otilde;es sem compreender a realidade de sa&uacute;de brasileira.</li><li>Maconha &eacute; ainda mais danoso &agrave; sa&uacute;de que o cigarro. Quem fuma maconha consome quatro vezes mais alcatr&atilde;o do que se fumasse um cigarro de tabaco e cinco vezes mais mon&oacute;xido de carbono, duas subst&acirc;ncias associadas diretamente ao c&acirc;ncer de pulm&atilde;o.</li><li>Alto risco e impacto no desenvolvimento dos jovens. Dos 12 aos 23 anos, o c&eacute;rebro est&aacute; em pleno desenvolvimento. Quanto mais precoce o uso da droga, maiores s&atilde;o as chances de depend&ecirc;ncia. A a&ccedil;&atilde;o da maconha nessa fase de formula&ccedil;&atilde;o cerebral pode ser irrevers&iacute;vel. Com a legaliza&ccedil;&atilde;o deveria aumentar o n&uacute;mero de usu&aacute;rios, especialmente entre os adolescentes. Quando usada na adolesc&ecirc;ncia, o risco de depend&ecirc;ncia &eacute; o mesmo da coca&iacute;na, ou seja, 15%.</li><li>Maconha causa preju&iacute;zo a diversos &oacute;rg&atilde;os e sistemas humanos. Estudo de 2012, conduzido pelo psiquiatra Ronaldo Laranjeira, membro da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Psiquiatria, apontou que a maconha multiplica por 3,5 vezes a incid&ecirc;ncia de desenvolvimento de esquizofrenia e tamb&eacute;m multiplica por 5 vezes as chances de desencadear no usu&aacute;rio o Transtorno de ansiedade.</li><li>Uso terap&ecirc;utico da droga ainda est&aacute; em fase de estudos. H&aacute; normas legais no Brasil referentes ao uso experimental de qualquer nova terap&ecirc;utica, inclusive o eventual uso de derivados da cannabis. Sendo assim, bastaria cumprir essas normas para que seja poss&iacute;vel cumprir tal finalidade sem a necessidade da legaliza&ccedil;&atilde;o total da droga. Usar o falso pretexto de que a maconha faz bem &eacute; ing&ecirc;nuo e perverso. O que pode eventualmente vir a ser &uacute;til s&atilde;o subst&acirc;ncias extra&iacute;das da maconha, sem caracter&iacute;sticas alucin&oacute;genas, como ocorre com o Canabidiol, vendido em formula&ccedil;&otilde;es a &oacute;leo e spray. A maconha fumada n&atilde;o possui nenhuma evid&ecirc;ncia cient&iacute;fica com rela&ccedil;&atilde;o a sua efic&aacute;cia terap&ecirc;utica.</li><li>N&atilde;o impacta na diminui&ccedil;&atilde;o da viol&ecirc;ncia. A legaliza&ccedil;&atilde;o da maconha n&atilde;o &eacute; o caminho para diminuir a viol&ecirc;ncia. As leis e as proibi&ccedil;&otilde;es n&atilde;o eliminam totalmente os crimes, mas diminuem sua incid&ecirc;ncia e o n&uacute;mero de v&iacute;timas. Os pa&iacute;ses que endureceram as leis contra as drogas foram os que mais reduziram o n&uacute;mero de dependentes e a viol&ecirc;ncia. &Eacute; assim na China, em Cuba, nos EUA e na Su&eacute;cia, para citar alguns exemplos. E a legaliza&ccedil;&atilde;o da maconha n&atilde;o influenciaria o tr&aacute;fico, pois somente 20% do dinheiro do tr&aacute;fico adv&eacute;m da maconha.</li><li>Inefici&ecirc;ncia no controle de outras drogas, como &aacute;lcool e o cigarro. O Brasil tem dificuldade na fiscaliza&ccedil;&atilde;o da compra de cigarros e bebidas alco&oacute;licas por adolescentes. De acordo com dados do Instituto Nacional de C&acirc;ncer, 52,6% dos adolescentes j&aacute; compraram cigarros, sem que na maioria dos casos lhes tenha sido solicitada a carteira de identidade. Quadro similar ocorre com a venda de bebidas alco&oacute;licas. Com a legaliza&ccedil;&atilde;o da maconha em nosso pa&iacute;s, o mesmo ocorreria. Al&eacute;m do mais a legaliza&ccedil;&atilde;o da maconha aumentar&aacute; o n&uacute;mero de acidentes e mortes no tr&acirc;nsito, segundo o estudo dos professores Mark Asbridge, Jill A Hayden e Jennifer L Cartwright&nbsp;<a href="http://www.bmj.com/content/344/bmj.e536" style="text-decoration: none; color: rgb(0, 0, 0);">http://www.bmj.com/content/344/bmj.e536</a></li><li>Legaliza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o encontra respaldo em mais influente ag&ecirc;ncia reguladora do mundo. A ag&ecirc;ncia americana FDA (Food and Drug Administration) refer&ecirc;ncia mundial no que diz respeito &agrave; sa&uacute;de p&uacute;blica, se posiciona contr&aacute;ria &agrave; legaliza&ccedil;&atilde;o ou ao uso da maconha fumada para fins terap&ecirc;uticos. A legaliza&ccedil;&atilde;o da maconha para uso medicinal &eacute; indefens&aacute;vel cientificamente e s&oacute; parecer servir para justificar a legaliza&ccedil;&atilde;o para o uso recreativo.</li><li>Desconhecimento do impacto que a maconha pode causar na estrutura ps&iacute;quica do usu&aacute;rio. A droga, quando fumada, piora todos os quadros psiqui&aacute;tricos, que j&aacute; atingem at&eacute; 25% da popula&ccedil;&atilde;o, como depress&atilde;o, ansiedade e bipolaridade. A maconha pode desencadear primeiras crises graves, mudando a hist&oacute;ria natural de doentes que poderiam viver inc&oacute;lumes a riscos transmitidos geneticamente.</li><li>Maioria dos brasileiros &eacute; contra a legaliza&ccedil;&atilde;o. Recente levantamento nacional (LENAD 2012) mostrou que 75% dos entrevistados se disseram contr&aacute;rios &agrave; legaliza&ccedil;&atilde;o da maconha. Pesquisa ainda mais recente (maio/2014), do Instituto Gerp, atesta que 69% dos moradores do Estado do Rio de Janeiro tamb&eacute;m s&atilde;o contra.&nbsp; Por estes, entre outros motivos, a ABP se posiciona contra o Projeto de Lei que legaliza a maconha.<br /> &nbsp;</li></ol><p><strong>Manifesto da FEB</strong><br /> <br /> A Federa&ccedil;&atilde;o Esp&iacute;rita Brasileira lan&ccedil;ou no dia 23 de agosto o documento intitulado &ldquo;Manifesto contra a Legaliza&ccedil;&atilde;o da Maconha&rdquo;, onde s&atilde;o apresentados argumentos m&eacute;dicos e espirituais que desaconselham a libera&ccedil;&atilde;o da droga.<br /> <br /> O manifesto, assinado pelo Conselho Diretor e pela Diretoria Executiva da FEB, argumenta que &ldquo;no campo fisiol&oacute;gico, o m&eacute;dico e coordenador do Departamento de Sa&uacute;de Mental da Associa&ccedil;&atilde;o M&eacute;dico-Esp&iacute;rita do Brasil, Roberto L&uacute;cio Vieira, afirma que o uso da cannabis (nome cient&iacute;fico da maconha) &lsquo;n&atilde;o &eacute; isento de riscos e problemas importantes, do ponto de vista da integridade org&acirc;nica e mental, determinando, al&eacute;m das modifica&ccedil;&otilde;es agudas do estado de alerta, da consci&ecirc;ncia e da percep&ccedil;&atilde;o, dist&uacute;rbios sociais e do comportamento, como por exemplo o incremento dos acidentes automobil&iacute;sticos; tamb&eacute;m, outros problemas decorrentes de seu uso cr&ocirc;nico&rdquo;.<br /> <br /> No documento, a FEB adverte ainda que &ldquo;sob a &oacute;tica espiritual, lembra-nos, ainda que o Espiritismo alerta para a exist&ecirc;ncia da parte et&eacute;rica dessa subst&acirc;ncia, que tamb&eacute;m s&atilde;o absorvidas quando a pessoa encarnada usa a droga, e que atuam diretamente no corpo perispiritual, provocando les&otilde;es, cuja gravidade depende da quantidade e da postura ou inten&ccedil;&atilde;o para o uso. Esses males, segundo o referido m&eacute;dico, podem se estender, dependendo do comprometimento moral, para outra encarna&ccedil;&atilde;o, lesando determinado &oacute;rg&atilde;o vinculado ao v&iacute;cio.&rdquo; Leia o documento na &iacute;ntegra:&nbsp;<a href="http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2014/08/Manifesto-contra-a-legaliza%C3%A7%C3%A3o-da-maconha.pdf" style="text-decoration: none; color: rgb(0, 0, 0);">http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2014/08/Manifesto-contra-a-legaliza%C3%A7%C3%A3o-da-maconha.pdf</a><br /> <em>&nbsp;<br /> Com informa&ccedil;&otilde;es das entidades mencionadas</em></p></td> </tr> </tbody> </table> <p>&nbsp;</p>


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