Índice de suicídios atinge nível alarmante no Paraná

Publicado em:  29/02/2016

<div> Em uma &eacute;poca em que h&aacute; enorme press&atilde;o para que todos sejam felizes, os &iacute;ndices de suic&iacute;dio atingem n&iacute;veis alarmantes no Paran&aacute;. Segundo informa&ccedil;&otilde;es do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, desde 2012 o Paran&aacute; vem registrando uma m&eacute;dia de 557 suic&iacute;dios por ano. No ano de 2014 (&uacute;ltimo dado dispon&iacute;vel), 555 pessoas deram cabo &agrave; pr&oacute;pria vida. Em 1996, primeiro ano da s&eacute;rie hist&oacute;rica, haviam sido 483 registros.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Segundo especialistas, s&atilde;o dois os poss&iacute;veis motivos para o aumento das notifica&ccedil;&otilde;es. O primeiro seria um aumento real no n&uacute;mero de suic&iacute;dios. Outro seria um registro mais fidedigno dos casos ocorridos, nas declara&ccedil;&otilde;es de &oacute;bito.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Para a psic&oacute;loga Claudia Cristina Basso, integrante da Comiss&atilde;o T&eacute;cnica de Psicologia Cl&iacute;nica do Conselho de Psicologia do Paran&aacute;, o aumento no &iacute;ndice de suic&iacute;dios tem rela&ccedil;&atilde;o com as mudan&ccedil;as no seio da sociedade ao longo dos &uacute;ltimos anos.</div> <div> &nbsp;</div> <div> &ldquo;(Esse aumento) &Eacute; reflexo do desenvolvimento pr&oacute;prio da vida. Desenvolvimento da tecnologia, acelera&ccedil;&atilde;o do mundo, mais fam&iacute;lias desestruturadas, dependentes qu&iacute;micos. Entre os adultos h&aacute; muitos que passaram por experi&ecirc;ncia de abuso sexual, viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica&rdquo;, aponta Claudia.</div> <div> &nbsp;</div> <div> &ldquo;A fragilidade emocional diante dessas situa&ccedil;&otilde;es geram muitas frustra&ccedil;&otilde;es. A pessoa n&atilde;o quer se matar para morrer, ela quer se matar para tirar a dor dela. Ela n&atilde;o sabe controlar essa dor&rdquo;, complementa.</div> <div> &nbsp;</div> <div> Seja qual for o motivo para o aumento nas notifica&ccedil;&otilde;es, &eacute; un&acirc;nime a necessidade de se falar sobre o problema. A pr&oacute;pria Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), por exemplo, j&aacute; apontou que o suic&iacute;dio precisa deixar de ser um tabu. Tirar a pr&oacute;pria vida j&aacute; &eacute; a segunda principal causa da morte em todo mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade.</div> <div> &nbsp;</div> <div> &ldquo;Ainda existem muitos preconceitos ao se falar em suic&iacute;dio, e as consequ&ecirc;ncias disso s&atilde;o in&uacute;meras, tais como: o pouco conhecimento que a popula&ccedil;&atilde;o tem sobre o assunto; a dificuldade de se lidar com situa&ccedil;&atilde;o de risco de suic&iacute;dio em familiares ou pessoas pr&oacute;ximas; a cren&ccedil;a em mitos infundados sobre suic&iacute;dio; entre outras&rdquo;, afirma o psiquiatra Alexandre Karam Mousfi, professor da Faculdade Evang&eacute;lica do Paran&aacute; e vice-presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Paranaense de Psiquiatria.</div> <div> &nbsp;</div> <div> <strong>SAIBA MAIS</strong></div> <div> <a href="http://www.bemparana.com.br/noticia/431351/gatilhos-e-fatores-de-risco-fortalecem-ideia-de-tirar-a-propria-vida">&ldquo;Gatilhos&rdquo; e fatores de risco fortalecem ideia de tirar a pr&oacute;pria vida</a></div> <div> <a href="http://www.bemparana.com.br/noticia/431349/poucos-dos-pacientes-potencialmente-suicidas-buscam-ajuda-profissional">Poucos dos pacientes potencialmente suicidas buscam ajuda profissional</a></div> <div> &nbsp;</div>


TAGS


<< Voltar