Publicado em: 16/09/2016
<pre style="line-height: 21.3px; white-space: normal; font-family: "Segoe UI", "Segoe UI Web Regular", "Segoe UI Symbol", "Helvetica Neue", "BBAlpha Sans", "S60 Sans", Arial, sans-serif; color: rgb(68, 68, 68); font-size: 15px;"> </pre> <p>Nesta sexta-feira, dia 16 de setembro, mais de 250 psiquiatras, residentes, especializandos, estudantes, psicólogos, enfermeiros e convidados estão reunidos na sede da Associação Médica do Paraná, em Curitiba, para acompanhar a IX Jornada Paranaense de Psiquiatria. O evento segue até amanhã, sábado, e pretende ampliar o debate sobre saúde mental, apresentando discussões sobre temas de relevância para a psiquiatria e para a saúde mental do Estado do Paraná através da fala de renomados especialistas e estudiosos.</p><p>Em seu discurso, na abertura oficial do evento, o presidente da Associação Paranaense de Psiquiatria (APPSIQ), André Rotta Burkiewicz, fez questão de ressaltar a abertura do evento aos colegas de profissão por acreditar que a multidisciplinaridade no tratamento de pacientes com problemas mentais contribui grandemente para o êxito e a eficácia das interações medicamentosas ou terapêuticas.</p><p>A primeira conferência foi ministrada pelo psiquiatra supervisor do Programa de Ansiedade e Transtornos do Humor (PATH) da Residência de Psiquiatria da Secretaria Municipal da Saúde de São José dos Pinhais, Dr. André Astete. Em sua fala sobre "Embaraço, perfeccionismo e submissão, as dimensões fundamentais do Transtorno de Ansiedade Social", ele explicou que o TAS é uma patologia pouco diagnosticada no país, mas é uma das mais expressivas e frequentes na população.</p><p>"Caracterizada por timidez excessiva e uma ansiedade desencadeada pela percepção social ou sensação de estar sendo observado pelos outros de forma negativa, o Transtorno de ansiedade social é uma patologia de consequências crônicas. Embaraço, perfeccionismo e submissão são as dimensões psicológicas fundamentais para compreender a doença e refletem a propensão à patologia", afirmou.</p><p>Na sequência, o vice-presidente da APPSIQ, Alexandre Karan Joaquim Mousfi, presidiu a Mesa Redonda sobre Transtornos Alimentares. Na oportunidade, a psicóloga Luciana Kotaka, especialista em transtornos alimentares, falou sobre obesidade e autosabotagem. Em sua fala, a profissional valeu-se de pesquisas recentes a respeito do sobrepeso da população para enfatizar os conflitos psicológicos de pacientes que estão acima do peso e o que as leva a fracassar na busca por obter um peso saudável. </p><p>O psiquiatra Alexandre Leal Laux, pós-graduado em Transtornos Alimentares e Obesidade e responsável pelo ambulatório de psiquiatria do serviço de cirurgia bariátrica do Hospital Santa Casa de Curitiba, abordou a temática "Cirurgia Bariátrica: aspectos gerais e sua interface com a psiquiatria". O médico apresentou estudos científicos recentes apontando que a obesidade está associada à manifestação de quadros psiquiátricos e que há grande prevalência de doenças e transtornos mentais atuais ou pré-existentes em pacientes obesos. Durante a palestra, o psiquiatra Alexandre Laux falou ainda sobre indicações cirúrgicas - baseadas na Resolução CFM 2131/15, que inclui a estigmatização social e a depressão leve relacionada às 21 comorbidades. Falou ainda sobre os tipos e técnicas cirúrgicas existentes e a técnica mais comum, e o surgimento de novos transtornos pós-cirúrgicos.</p><p>Ainda durante essa mesa redonda, o psiquiatra Glauber Higa Kaio, mestre em transtornos alimentares, falou sobre "fatores prognósticos nos transtornos alimentares". O especialista abordou questões sobre epidemiologia e diagnóstico, fatores etiológicos e fatores que melhoram ou pioram a evolução. De acordo com o especialista, a incidência de transtornos alimentares. </p><p> </p><p>Confira a programação no site: www.psiquiatria-pr.org.br/jornada</p>